Mais rápido do que o Super-Homem

Passados os 50 anos do golpe militar a coluna 1964+50 segue firme em 2015, mas agora com novo título: VIVOS. Afinal, mortos e desaparecidos estão vivos na nossa memória e na nossa história.

por Fernanda Pompeu ilustração Fernando Carvall, do Nota de Rodapé

Luiz Hirata
Nascimento: 23 de novembro de 1944
Cidade natal: Guaiçara – SP
Morte: 20 de dezembro de 1971
Motivo da morte: tortura
Local final: DEOPS / SP

O delegado Sérgio Paranhos Fleury, o legista Harry Shibata e outros cúmplices da repressão forjaram a seguinte cena, digna de uma história em quadrinhos: Luiz Hirata, 27 anos, militante da AP – Ação Popular, para evadir-se da polícia fugiu em disparada colidindo com a traseira de um ônibus. Em outras palavras, o jovem morreu ao atropelar um coletivo. Quem desfez a farsa foi Helácio José de Campos Leme, companheiro de cela da vítima. Segundo seu depoimento, Luiz foi torturado por semanas seguidas: “Seu rosto estava tão inchado que seus olhos mal se abriam”. Foi de tal maneira machucado que resolveram retirá-lo do DEOPS / SP para o Hospital das Clínicas. Morreu dias depois. Daí, seguiram o protocolo. O enterraram como indigente no tristemente famoso Cemitério Dom Bosco, em Perus.

* * * * * *

Fernanda Pompeu é a mulher do texto Fernando Carvall é o homem da arte

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