Marcelo Paixão, economista e painelista de Geledés, é entrevistado pelo Valor

Ao jornal econômico, o professor doutor da Universidade do Texas destacou a necessidade de haver políticas de crédito no Brasil para atender melhor às necessidades específicas da população afrodescendente

Marcelo-Paixão---Arquivo-Pessoal

Nesta segunda-feira, 10, o jornal Valor Econômico, em seu caderno especial G-20, publicou entrevista com Marcelo Paixão, economista e professor doutor da Universidade do Texas (EUA) e um dos painelistas de Geledés – Instituto da Mulher Negra em eventos da organização em fóruns das Nações Unidas. O economista, inclusive, foi um dos responsáveis pela elaboração de documento sobre estratégias de desenvolvimento econômico dos afrodescendentes, especialmente das mulheres negras, entregue por Geledés a peritos das Nações Unidas.

Paixão participou, inclusive, do último evento virtual Summit do Futuro, “Arquitetura Financeira e Empoderamento Econômico da População Afrodescendente”, promovido no dia 7 de junho, por Geledés, do qual ainda fizeram parte Bárbara Reynolds, presidenta do Grupo de Trabalho de Especialistas sobre Afrodescendentes (Guiana), Paula Lezema, colombiana e doutoranda em Estudos Latino-Americanos pela Universidade do Texas, Austin e Gabriel Dantas, assessor internacional de Geledés.

Ao Valor, sobre os afrodescendentes, Paixão declarou que “a inclusão econômica dessa população é vista como um passo para a melhoria da distribuição de renda e a ampliação da participação da população negra na renda nacional. E enfatizou ainda que “as políticas de crédito no Brasil precisam ser adaptadas para atender melhor às necessidades específicas da população afrodescendente, oferecendo condições hipotecárias e taxas de juros acessíveis”.

O economista ainda explanou o impacto da inadimplência e ausência de crédito financeiro na vida da população negra. “A falta de um histórico de crédito positivo, muitas vezes sinônimo de colateral, limita o acesso ao crédito. Mesmo aqueles que conseguem crédito enfrentam juros exorbitantes, comparáveis aos de agiotas, o que perpetua desigualdades sociais e raciais”, afirmou Paixão ao Valor.

Outro ponto do documento de Geledés destacado pelo diário econômico é sobre a importância de valorizar a moradia em áreas urbanas predominantemente habitadas por afrodescendentes através de políticas públicas. A monitorização e superação dos fatores que desencorajam o crédito para essa população também são consideradas fundamentais.

Texto ressalta também a fala do economista sobre a necessidade de haver políticas de igualdade racial. “Uma política de igualdade racial não visa apenas reparar injustiças, mas promover uma mudança na concepção do desenvolvimento do país”, declarou o economista ao Valor.

Segue o link do artigo, caso tenha acesso ao conteúdo do Valor Econômico

Instituto propõe inclusão racial por órgãos multilaterais e bancos públicos

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