MEC libera gabarito do Enem a partir de 18h, mesmo com suspensão da prova na Justiça

Fernando Haddad tenta convencer Justiça de que reaplicação da prova é viável


O MEC (Ministério da Educação) mantém a previsão de divulgar o gabarito do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a partir das 18h desta terça-feira (9), mesmo que a prova tenha sido suspensa por decisão da Justiça. Ontem, segunda-feira (8), uma juíza federal do Ceará concedeu liminar para o Ministério Público Federal anulando temporariamente o exame devido aos erros ocorridos durante a aplicação, no último fim de semana.

Pelo menos 21 mil cadernos do Enem, do tipo amarelo, trouxeram questões repetidas, páginas duplicadas e em branco. O erro prejudicou apenas 2.000 alunos, aproximadamente, porque foi possível trocar a maioria das provas defeituosas por outras de reserva. O MEC diz que foram impressos 10% de cadernos a mais do que o número de inscritos no Enem, para o caso de emergências.

A solução apresentada pelo Inep, (órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem), de reaplicar a prova para o grupo de estudantes prejudicados, não vai resolver o problema, no entendimento da juíza Carla de Almeida Maia, que deu a sentença desfavorável ao ministério.

Ontem, durante coletiva do ministro Fernando Haddad, às 18h, ele afirmou que a pasta tentará sensibilizar e convencer a juíza de que a reaplicação do Enem é viável, já que a dificuldade seria a mesma entre as duas provas – a atual e a nova edição para os 2.000 prejudicados, se vier a ocorrer. O número de estudantes afetados é pequeno, também de acordo com o ministro.

Esses são os argumentos que o ministério usará para tentar mudar a decisão da juíza. Caso a iniciativa não tenha sucesso, o ministro disse que, “sem sombra de dúvida”, recorrerá a instâncias superiores da Justiça.

Menos grave

Se a repetição de questões nos cadernos amarelos é reconhecida como uma falha grave pelo MEC, que pode originar a reaplicação da prova para parte dos alunos, a troca da ordem das questões de “ciências da natureza” e “ciências humanas” no cabeçalho das folhas de resposta é considerada menos problemática pelo ministério.

De acordo com Haddad, o máximo que os alunos poderão solicitar nesses casos será que as questões sejam corrigidas em ordem invertida. Não haverá, segundo ele, a possibilidade de que os candidatos refaçam a prova por terem preenchido a folha de respostas de maneira incorreta.

 

Fonte: R7

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