Milhares de israelenses se manifestam pela formação de um Estado Palestino

Protesto apoia uma solução de dois Estados, um palestino e um israelense, na data de 50 anos da ocupação dos territórios.

No G1

Milhares de israelenses se manifestaram neste sábado (27), em Tel Aviv, em apoio à solução de dois Estados, que propõe a formação de Estado Palestino que coexista com Israel. O protesto acontece por causa dos 50 anos da ocupação dos Territórios Palestinos, constatou um fotógrafo da AFP.

Um grande cartaz foi estendido no local com os dizeres “Dois Estados, uma esperança”. A concentração foi organizada em especial pela ONG israelense Paz Agora, hostil à política de colonização judaica realizada na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém oriental pelo governo de direita de Benjamin Netanyahu.

O líder do Paz Agora, Avi Buskila, afirmou que a manifestação pretendia protestar “contra a ausência de esperança que nos oferece um governo que perpetua a ocupação, a violência e o racismo”.

“Chegou o momento de provar aos israelenses, aos palestinos e ao mundo que grande parte dos israelenses se opõe à ocupação e quer alcançar uma solução de dois Estados”, destacou.

Durante a manifestação, os organizadores leram uma mensagem de apoio enviada pelo presidente palestino Mahmud Abbas.

“É hora de vivermos juntos em harmonia, na segurança e na estabilidade. Nosso dever com as gerações futuras é por fim ao conflito e concluir a paz dos valentes”, afirmou o presidente palestino, citado pelos organizadores.

O líder da oposição de esquerda israelense, Isaac Herzog, também mostrou-se favorável a esta via e denunciou a política do governo.

A colonização é ilegal segundo o direito internacional e grande parte da comunidade internacional vê nas colônias um obstáculo para a solução de dois Estados, um israelense e outro palestino, coexistindo pacificamente.

Cerca de 400 mil colonos israelenses mantêm um convívio frequentemente conflituoso com 2,6 milhões de palestinos na Cisjordânia ocupada.

No âmbito do governo considerado como o mais à direita da história de Israel, alguns ministros defendem abertamente a anexação da Cisjordânia.

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