Ministra da Igualdade Racial chega em Sergipe nesta sexta-feira, 20

 

Nesta sexta- feira, 20, a Ministra de Estado da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza de Bairros, chega a Sergipe, a convite da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania (Sedhuc), que realizará a partir das 10h, no auditório da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease), o lançamento do Catálogo ‘Religiões de Matriz Africana em Sergipe’ e Cartilha ‘As religiosidades de Matriz Africana e a Promoção da Igualdade Racial’, produzidas pela Secretaria de Inclusão Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), através do projeto Ododuwá, do Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana.

O evento contará com exposição de quadros de Orixás de Lígia Borges, cantos Nagô, entrega de kits com material sobre as religiosidades de Matriz Africana e coquetel de comidas típicas afro. A vinda da ministra fortalecerá o diálogo entre sociedade civil, movimentos e governo, que contribuirá para romper o preconceito e incentivar o respeito à liberdade de culto.

“O lançamento dos Catálogos e Cartilha com a presença da Ministra Luiza Bairros representa um momento importante para a política estadual de promoção da igualdade racial do estado e mais particularmente para nossa Secretaria de Direitos Humanos. São políticas afirmativas que levam a uma maior conscientização da necessidade de permanente combate ao racismo, à discriminação, avançando sempre na promoção da igualdade racial”, pontua o secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva.

Importância para os movimentos

“É um momento ímpar para o movimento e para as políticas públicas que o Governo já vem implementado desde 2007 com a criação da Coordenadoria de Política de Promoção de Igualdade Racial (Coppir). A vinda da Ministra é um salto qualitativo porque somos oriundos de uma política nacional, e será positiva para estreitarmos os laços para a vinda de viabilização de projetos voltados para a promoção da Igualdade Racial. Para o movimento é uma oportunidade de estar mais próximo da ministra e avançar nossas políticas”, revela o assessor de Políticas para Promoção de Ações Afirmativas da Sedhuc, José Cláudio D’Eça.

As comunidades remanescentes de negros também se entusiasmaram com a vinda de Luiza de Bairros ao estado. “Em Sergipe, há 22 comunidades negras quilombolas reconhecidas, três tituladas. Elas são atendidas em todos os sentidos pela presidência da república e por isso esse contato mais próximo é tão esperado. É uma oportunidade que eles têm de falar diretamente sobre seus anseios”, pontua o assessor de Políticas Voltadas para as Comunidades Quilombolas da Sedhuc, Pedro Neto.

Cartilha e catálogo

A cartilha e o catálogo ‘Religiões de Matriz Africana em Sergipe’ são frutos de uma articulação entre o movimento das religiosidades (representado pelo Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana), Governo do Estado e Governo Federal, que investiu R$ 200 mil para a viabilização do Projeto.

De acordo com o assessor das Políticas de Religiosidade de Matriz Africana da Sedhuc, Irivan de Assis, o catálogo é um pré-mapeamento dos terreiros de candomblé e de Umbanda do estado. “Ele nos ajuda a identificar onde estão esses terreiros, para que a história e a identidade das religiões de Matriz Africana fiquem na memória de todos nós. É a nossa história, afinal, a sociedade sergipana tem uma forte influência da cultura africana e essas comunidades são a própria identidade negra do nosso estado”, explica Irivan.

Já a cartilha tem uma função pedagógica. “Ela contribui para implementação da lei 10.639I 2003, que fala do estudo da História da África e da Cultura Afro- Brasileira. O objetivo é que esta cartilha sirva de instrumento pedagógico nas escolas, para que na base educacional das crianças possamos trabalhar a igualdade racial e o respeito às diversidades”, complementa Irivan.

 

 

 

Fonte: Aquiacontece

+ sobre o tema

Bebê morre durante parto e família acusa médica de negligência em Mangaratiba, no Rio

Segundo mãe da criança, obstetra falava ao celular durante...

Amazônia: mulheres negras protagonizam a luta popular

O capitalismo patriarcal e machista é um dos indicativos...

Unegro promove campanha publicitária de combate ao racismo

A União de Negros pela Igualdade (Unegro) completou...

Se Eike Batista tivesse ouvido a dona Laurinda – Por: Fernanda Pompeu

Leio que Detroit, a cidade que aprendemos a...

para lembrar

spot_imgspot_img

João Cândido e o silêncio da escola

João Cândido, o Almirante Negro, é um herói brasileiro. Nasceu no dia 24 de junho de 1880, Encruzilhada do Sul, Rio Grande do Sul....

Levantamento mostra que menos de 10% dos monumentos no Rio retratam pessoas negras

A escravidão foi abolida há 135 anos, mas seus efeitos ainda podem ser notados em um simples passeio pela cidade. Ajudam a explicar, por...

Racismo ainda marca vida de brasileiros

Uma mãe é questionada por uma criança por ser branca e ter um filho negro. Por conta da cor da pele, um homem foi...
-+=