Fonte: GazetaWeb –
Missa fez uma reflexão sobre o racismo e a intolerância religiosa no mês da Consciência negra
A última Missa pela Paz do ano de 2009 foi realizada, na noite desta quinta-feira (26), na Catedral Metropolitana de Maceió. Desta vez, por estarmos no mês da Consciência Negra, a missa teve como foco o problema da inclusão dos afrodescendentes.
A missa reuniu centenas de pessoas da sociedade civil, autoridades políticas, policiais militares e representantes do governo. O arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, lembrou, com suas palavras, o objetivo da reunião. “Aqui estão reunidas pessoas de todas as raças e credos. Juntos nós estaremos construindo a paz e o respeito pelas pessoas. Queremos construir uma Maceió de paz”, declarou o arcebispo.
As comunidades de Santa Lúcia, Village Campestre, Juvenópolis e da Favela Sururu de Capote foram selecionadas para receber orações dos fieis no combate à violência. Em nome destas regiões, estiveram presentes parentes e amigos das irmãs Jaciara e Cassandra, de cinco e seis anos de idade, estupradas e mortas por estrangulamento no mês de outubro, e conhecidos do padre Guimarães, pároco da cidade de Murici e assassinado em sua residência, em Santa Lúcia. Fotos e cartazes das vítimas foram levados ao altar por religiosos que oravam pelo fim da violência em Maceió.
Intitulada como “Uma Missa em nome da paz pelo respeito à liberdade de crenças e diferenças humanas”, a missa ainda fez uma reflexão sobre o racismo e a intolerância religiosa, representados pela presença de afrodescendentes. A missa foi parte integrante do Projeto Movimento de Novembro, promovido pelo Projeto Raízes de Áfricas, no mês da Consciência Negra.
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