Morre Rubin “Hurricane” Carter, símbolo da luta contra o racismo nos EUA

 

Rubin Carter se tornou símbolo contra o racismo ao ficar 17 anos injustamente preso.

Morreu na manhã deste domingo em sua casa em Toronto Rubin “Hurricane” Carter, 76 anos, ex-boxeador peso-médio que ficou famoso ao ser injustamente acusado de homicídio triplo, ficando 17 anos preso e sendo libertado em 1985. De acordo com o jornal The Toronto Sun, ele morreu 4h30 da manhã (horário local) após uma longa luta contra o câncer.

Carter foi um proeminente peso-médio durante a década de 60, ganhando o apelido de “Hurricane” (Furacão) e sendo considerado um possível desafiante ao cinturão. Ao todo foram 40 lutas do pugilista, com 27 vitórias (19 por nocaute), 12 derrotas e um empate.

A vida de Carter mudou completamente depois de ter sido acusado de homicídio triplo. No dia 17 de junho de 1967, dois homens entram em um bar segregado em Nova Jersey e mataram e mataram três pessoas. O boxeador e John Artis, que estava com ele no dia, foram presos sobre o argumento que batiam com a descrição dos assassinos. em 1967 ambos foram condenados a três prisões perpétuas por homicídio motivado por ódio racial.

Em busca de provar a sua inocência, Carter escreveu na prisão o livro O 16º Round, em que narra a sua história de vida, cercada pelo racismo e trauma pela infância de crimes e em instituições para menores, e como a sua acusação de homicídio foi recheada de inconsistências e intimação às testemunhas por parte dos policiais.

A campanha pela libertação do lutador teve repercussão nacional nos EUA, tendo como auge a música Hurricane, escrita por Bob Dylan em 1975.

Carter só seria libertado em 1985, quando a Corter Federal julgou que a sua condenação foi decidida tendo como base racismo e a investigação foi marcada por ocultamento de evidências. Depois de ser libertado, ele se mudou para Toronto, motivado pelo apoio de uma comuna canadense que ajudou no seu processo de libertação durante a década de 80, e se tornou porta-voz para fundações que lutam contra presos erroneamente condenados e também participou de palestras motivacionais.

A fantástica história de vida do boxeador virou filme em 1999, com Denzel Washington fazendo o papel de Hurricane. O ator concorreu ao Oscar pelo papel.

Fonte: Jovem Pan

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