‘Não quero comissão como instrumento de disputa religiosa’, diz Assis do Couto

Por Marcel Frota

 

Novo presidente da Comissão de Direitos Humanos revela preocupação com relação a possíveis embates manifestada por Feliciano momentos antes da sessão

Eleito nesta quarta-feira presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o deputado Assis do Couto (PT-PR) disse que trabalhará para combater polarizações. “Não queremos a polarização nem entre grupos internos, nem entre governo e a oposição. Queremos a comissão a serviço da sociedade, cumprindo sua missão defendendo o direito das pessoas mais fragilizadas”, disse o petista. “Queremos a comissão voltada para sua real missão e não como um instrumento de disputa ideológica ou religiosa”, acrescentou ele.

Ex-presidente: Feliciano se despede de Comissão: “Quem sabe até a Presidência em 2018?”

A missão não deverá ser das mais simples, já que a própria eleição de Couto foi marcada por uma profunda polarização expressa por meio de um placar apertado na votação da presidência, com a candidatura avulsa de Jair Bolsonaro (PP-RJ). O placar do pleito foi 10 a 8 em favor do petista. Apenas um voto contrário a Couto poderia levar a eleição noutra direção. “Não esperava que tivesse votação. Tem uma tradição de acordar as presidências das comissões pelas bancadas”, admitiu Couto. “A candidatura do Bolsonaro representa uma quebra deste acordo”, criticou o recém-eleito presidente.

Na avaliação de Couto, a votação apertada teve a ver não somente com o ambiente dentro da Comissão de Direitos Humanos, mas também com a correlação de forças na própria Câmara com face às disputas internas e às eleições de 2014. Apesar dessa leitura, o petista não deixou de criticar a posição do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) que deu parecer favorável à candidatura avulsa de Bolsonaro. “O fato do presidente da Câmara ter deferido o pedido do Bolsonaro aceitando que houvesse uma candidatura avulsa já é estranho”, afirmou.

O ex-presidente da comissão, Marco Feliciano (PSC-SP), procurou Couto antes da sessão de despedida desta tarde para um diálogo com vistas a evitar conflitos durante a transmissão do cargo. “Ele estava um pouco preocupado com as polarizações e pediu para que nessa transição não acirrássemos os ânimos, que não houvesse discursos que viessem a questionar o passado, o que ocorreu em 2013”, contou Couto.

Fonte: iG

 

+ sobre o tema

Lista atualizada Domingo 06/10 – Eleições do Conselho Tutelar – Dia 06/10 – Indicações

Segue lista de candidatos à Conselheiros e Conselheiras Tutelares...

Fundo de Apoio Emergencial: Covid-19

Apoio emergencial para organizações, grupos, coletivos e indivíduos dedicados...

Denúncias contra violações de direitos humanos pode ser feitas pelo Whatsapp

O Revista Brasil desta segunda-feira (09) falou sobre mais...

para lembrar

Pedagogia de afirmação indígena: percorrendo o território Mura

O território Mura que percorro com a pedagogia da...

Sônia Nascimento – Vice Presidenta

[email protected] Sônia Nascimento é advogada, fundadora, de Geledés- Instituto da...

Suelaine Carneiro – Coordenadora de Educação e Pesquisa

Suelaine Carneiro [email protected] A área de Educação e Pesquisa de Geledés...

Sueli Carneiro – Coordenadora de Difusão e Gestão da Memória Institucional

Sueli Carneiro - Coordenação Executiva [email protected] Filósofa, doutora em Educação pela Universidade...
spot_imgspot_img

Pedagogia de afirmação indígena: percorrendo o território Mura

O território Mura que percorro com a pedagogia da afirmação indígena é o Rio Yrurí – rio que treme –, atual rio Madeira, e...

Aluna ganha prêmio ao investigar racismo na história dos dicionários

Os dicionários nem sempre são ferramentas imparciais e isentas, como imaginado. A estudante do 3º ano do ensino médio Franciele de Souza Meira, de...

Peres Jepchirchir quebra recorde mundial de maratona

A queniana Peres Jepchirchir quebrou, neste domingo, o recorde mundial feminino da maratona ao vencer a prova em Londres com o tempo de 2h16m16s....
-+=