“Nós precisamos ter tolerância zero com o feminicídio”, declara ministra das Mulheres

No Roda Viva, a ministra Cida Gonçalves explica medidas do governo para combater casos de ataques contra mulheres

FONTECultura, por Giulia Braz
Reprodução/ TV Cultura

O Roda Viva recebe nesta segunda-feira (1º) Cida Gonçalves, ministra das Mulheres

No programa, a ministra fala sobre o feminicídio. Segundo dados da instituição “Elas Vivem: dados que não se calam”, elaborado pela Rede de Observatórios da Segurança, 495 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, em 2022, uma média de um caso por dia.

São Paulo foi o estado com mais registros, foram 109 casos. Cida Gonçalves afirma que as medidas de prevenção precisam ser mais “duras” e cita o projeto aprovado na Câmara que institui pensão especial a filhos das vítimas de feminicídio.

“Nós queremos discutir o pacto nacional contra o feminicídio. Nós não podemos tratar o feminicídio isoladamente, nós precisamos de um pacto nacional que não aceite e não tolere. Nós precisamos ter tolerância zero com isso”, afirma.

Silvia Chakian, promotora de justiça de enfrentamento à violência contra a Mulher do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), ainda pergunta sobre as crianças órfãs e adolescentes após casos de feminicídios. Os dados da Universidade Federal do Ceará (UFCE) com o instituto Maria da Penha mostra que a cada mulher assassinada, aproximadamente três crianças ficaram órfãs.

Além disso, o Fórum de Segurança Pública estima que o feminicídio deixa, aproximadamente, duas mil crianças e adolescentes órfãos em um ano.

“Sobre o pacto, ele deve conter as ações preventivas. Nós precisamos pensar em ações mais duras, patrulha Maria da Penha e tornozeleira são prevenções ao feminicídio. Nós precisamos inverter o nosso pensamento, também pensar no atendimento aos órgãos e no combate à impunidade.

Participam da bancada de entrevistadores Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Silvia Chakian, promotora de justiça de enfrentamento à violência contra a Mulher do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Joana Cunha, repórter especial da Folha de S.Paulo, Cristiane Barbieri, repórter especial da Agência Estado, e Mafoane Odara, executiva de recursos humanos e colunista da Marie Claire.

Traço feminino

Para fazer as ilustrações do programa, a convidada será Cecília Marins. Entre outros trabalhos, a quadrinista e ilustradora ajudou a levar o jornalismo em quadrinhos brasileiro para fora com a reportagem Favela vs. COVID-19, uma colaboração com o portal polonês Outride, que venceu o prêmio de melhor reportagem de saúde do International Center For Journalists.

Assista ao programa completo:

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