O nosso racismo é um crime perfeito

por Arísia Barros, com informações de Yara e Denise

“Pesquei” essa conversa no facebook entre a Destemida Yara e a Denise Chagas,condensei, e olha que aula de História!

É, facebook também é cultura. E das boas!

O Kabengele Munanga, numa entrevista em 2009, disse que o nosso racismo é um crime perfeito.

Ah, e cá no Brasil temos o nosso sistema de castas também, só que não oficial para dificultar seu banimento ou reconhecimento… Veja que quanto mais pigmentado, mais dificuldade de ascensão terá este indivíduo. Em qualquer meio observado.

E que você diria da Índia?

O sistema de castas indiano nada mais é do que segregação pela tonalidade da pele. Veja que quanto mais escura pele, menor é casta do indivíduo.

Citei a Índia porque é necessário entender o racismo de forma global. Não é um fenômeno recente, não começou a partir da chegada dos europeus à África, não é uma particularidade brasileira, embora eu reconheça o racismo a brasileira como o mais eficaz porque embota-se de sutileza e cordialidade e negação de sua existência, ancorado pela mitológica democracia racial e mistura étnica que impossibilita identificar negro e ou não-negro no Brasil.

Logo , se negros não se pode identificar, o racismo também não poderá ser identificado. E assim, qualquer ato racista que se insurgir contra um negro, não é racismo, porque ele não é negro (como diria Neymar) ou porque o agressor tem bisavó negro… Entende a engenharia?

E Arísia Barros disse em artigo que o racismo é um camaleão poliglota.

Fonte: Raizes da África

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