Professor universitário, Hélio Santos, presidente do Instituto Brasileiro da de Diversidade, foi um dos que lutou para a implantação do sistema de cotas raciais nas universidades brasileiras.
Sobre a questão do negro no Brasil, o professor universitário Hélio Santos comenta: “A nossa escravidão foi a mais longa: 354 anos. Para cada 10 anos de Brasil, 07 ocorreram sobre o signo da escravidão. Como reverter isso? O 14 de maio, o dia seguinte ao fim da escravidão é o dia mais longo do Brasil, você encontra restos desse dia nas esquinas, nas favelas, nas prisões. Não há uma política pública no dia seguinte para aproveitar aqueles talentos que haviam construído o país até então. As políticas de cotas são uma tentativa de ajustar isso, por um período que eu coloco de 30 anos, porque essas políticas não são para todo o sempre”.
O professor universitário Hélio Santos defende: “Nenhum país pode impunimente desperdiçar talentos. O custo de um preso na cadeia é muito maior do que apoiar o filho de uma lavadeira e torná-lo engenheiro, por exemplo”.
Hélio Santos é também autor do livro O Homem Lésbico, sobre o qual comenta: “esse título é uma provocação, porque se refere a um homem heterossexual que assume sem medo a sua mulher interior […] ele chama atenção para a necessidade do homem assumir sua mulher interior e há uma dificuldade muito grande” e justifica essa necessidade dizendo: “O homem do terceiro milênio, para não perder a mulher, deverá assumir o seu lado feminino. Para que serve um homem para uma mulher hoje? Para ter um filho? Eu estou sendo radical, mas ela pode recorrer à inseminação artificial. Para ter prazer? Muitas duvidam”.
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Fonte:Portal Africas