Direitos humanos são direitos e liberdades a que todos têm direito, não importa quem sejam nem onde vivam. Para viver com dignidade, os seres humanos têm o direito de viver com liberdade, segurança e um padrão de vida decente.
Os direitos humanos não precisam ser conquistados – eles já pertencem a cada um de nós, simplesmente por sermos seres humanos. Não podem ser retirados de nós – ninguém tem o direito de privar qualquer pessoa de seus direitos.
Os direitos humanos são protegidos sob o direito internacional, fundamentados na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração expressa a busca pela dignidade humana e faz os governos se comprometerem com a defesa dos direitos humanos de todos. Nos mais diferentes lugares do planeta, as pessoas seguem lutando para que essa promessa se torne realidade.
“Deixei de ser apenas uma mãe de família e diretora de uma escola primária para me tornar a porta-voz de minha filha desaparecida […] Quero gritar para que o mundo todo saiba das violações de direitos humanos que estão acontecendo nas Filipinas.”
Concepcion Empeño está lutando para descobrir o que aconteceu com sua filha, Karen, que nunca mais foi vista depois de ser levada por homens uniformizados em 2006.
“A Anistia Internacional é nossa irmã mais velha […] Quando estou na cadeia, se eu sei que existe alguém, minha irmã mais velha, gritando para me defender, contando às pessoas o que aconteceu comigo, então me sinto menos angustiada, menos assustada e menos só. Quando criamos a WOZA, como um movimento não violento de desobediência civil, as pessoas pensaram que éramos loucas. A sociedade civil não queria saber de participar, até que a Anistia Internacional começou a escrever sobre nós. Isso ajudou a nos tornarmos defensoras dos direitos humanos.
Jenni Williams e outras integrantes da Mulheres do Zimbábue Levantem (WOZA) estão atuando para que mulheres de todas as condições sociais possam falar com uma única voz, para que consigam denunciar os problemas que atrapalham sua vida diária. A WOZA incentiva as mulheres a irem à luta para defender seus direitos e liberdades. Elas organizaram centenas de manifestações em defesa da justiça social. Mais de três mil integrantes da WOZA já foram presas em algum momento de sua trajetória de ativismo pacífico.
Não estamos pedindo que nos tragam água para o assentamento. Eles podem trazer os canos até perto daqui, para alguma área do município, se não conseguirem trazer para outro lugar. Só estamos pedindo um único cano d’água, só isso. Posso ver daqui que o gado nesse campo tem água para beber. E nós, somos o quê? Somos menos do que gado? Passei toda a minha vida tendo que roubar água. O que mais quero agora é começar a pagar por ela.”
Marjan Hudorovič, de Goriča vas, um assentamento cigano próximo a Ribnica, na Eslovênia, está lutando pelo direito à água e pelo fim da discriminação. Assim como muitos de seus vizinhos, ele não tem fornecimento de água, nem eletricidade, nem tratamento de esgoto.
“Se me oferecerem uma alternativa, eu vou. Se não, vou ficar, mesmo que seja para morrer. É melhor morrer com dignidade.”
Nemaat Assaf Abdel Wahed está lutando para não ser despejada à força de sua casa, no assentamento informal de Manshiyet Nasser, no Cairo, Egito. Ela e os outros moradores do assentamento se encontram diante de um dilema cruel. Sua casa pode ser esmagada pelas rochas a qualquer momento. Mas o despejo significa ficar sem nada. Respeitar os direitos humanos significa consultar essas pessoas sobre onde serão reassentadas, indenizá-las e oferecer garantias de que não ficarão sem teto.
“Queremos mudar essa ideia de que o imigrante é um perigo. Sempre se diz na TV que nos trens se traficam drogas e armas, mas é tudo mentira. Os trens carregam centenas de vidas, de seres humanos, de gente que sofre. Desde que saem de casa por causa da pobreza extrema em que vivem, a viagem para o norte se torna um pesadelo, mas fazem isso pensando no bem-estar da família.”
Rubén Figueroa é um defensor dos direitos dos migrantes em trânsito, que vive no estado de Tabasco, no México. Com sua mãe, eles oferecem abrigo e comida para os migrantes que precisam de ajuda. Todos os anos, milhares de migrantes irregulares acabam sendo vítimas de espancamentos, sequestros, estupros e homicídios enquanto cruzam o território mexicano a caminho da fronteira dos Estados Unidos. Para a maioria da sociedade mexicana, os abusos horríveis que se sucedem nessa jornada, estão fora de seu campo de visão. Algumas pessoas, como Ruben Figueroa, recusam-se a fechar os olhos para o que acontece.
Fonte: Anistia Internacional Brasil