“Recordem este jovem com calma, compreensão e reflexão”, apelou o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, numa declaração por escrito, onde reagiu à morte de Michael Brown. O caso tem provocado grande agitação na localidade de Ferguson, no estado do Missouri, Estados Unidos, com a população a envolver-se em confrontos com a polícia desde sábado à noite.
As circunstâncias da morte de Michael não são claras. Na versão de Dorian Johnson, o amigo do rapaz que faleceu, o agente dirigiu-se aos jovens de maneira agressiva sem ter sido provocado, levando-os a fugir. O agente abriu fogo e Michael parou, virou-se e pôs as mãos no ar, o que não impediu o polícia de disparar várias vezes sobre o jovem. Já o relatório oficial da polícia defende que Michael chegou a agredir o polícia e que lhe tentou roubar a arma das mãos. Testemunhas oculares defendem a versão dos rapazes.
Na manifestação desta terça-feira, a polícia disparou balas de madeira sobre os intervenientes. A polícia admitiu ter descarregado sobre os protestantes com munições de madeira não-letais. “As balas de madeira são muitas vezes utilizadas para dispersar os manifestantes e em situações de controlo de motins”, foi a justificação da autoridade, que acusa os manifestantes de atirarem pedras aos oficiais.
O caso fez ressurgir de forma violenta a questão do racismo nos Estados Unidos.
Obama referiu-se à morte do adolescente negro como “desoladora” e enviou condolências à família. Com as suas palavras, o Presidente procurou acalmar os ânimos em Ferguson.
O FBI está a investigar o caso juntamente com a Procuradoria-Geral dos Estados Unidos.