Obama faz discurso de posse político, otimista e focado em desafios

O discurso de posse de Barack Obama foi cheio de mensagens – para os eleitores do presidente e para o mundo. Foi um discurso político, dirigido à grande maioria do povo americano, que saudou a escolha de Barack Obama.

O presidente disse que não acredita que a liberdade seja reservada para os que têm sorte, nem a felicidade para os poucos. Foi um longo dia, cheio de eventos.

Dois bailes de gala encerraram as festividades de posse. No maior deles, o vestido e o novo corte de cabelo da primeira-dama, Michelle Obama, foram uma atração para mais de 30 mil convidados.

Mas a grande festa, a festa democrática, para os americanos, aconteceu durante o dia, na esplanada central da capital federal. De acordo com a Casa Branca, 1 milhão de pessoas acordaram cedo e enfrentaram o frio para testemunhar o juramento do presidente Obama.

Foi um discurso de posse otimista, mas focado nos grandes desafios que o presidente pretende enfrentar no segundo mandato. Obama advertiu que um país não é bem sucedido quando um número cada vez menor de pessoas prospera enquanto a grande maioria luta para sobreviver.

“Acreditamos que a prosperidade americana tem que se basear em uma classe média crescente”, ele afirmou.

O presidente disse que não é mais possível ignorar as ameaças provocadas pelas mudanças climáticas, e que quer priorizar o diálogo quando tiver que resolver diferenças com outras nações.

Obama convocou o país a continuar a luta pela defesa dos direitos das mulheres, dos imigrantes e dos homossexuais. “Nossa jornada não estará completa até que os nossos irmāos e irmãs gays sejam tratados como todos os outros pela lei”.

Encerrando a cerimônia no capitólio, Beyoncé cantou o hino nacional.

As comemorações continuaram em um almoço com líderes do Congresso, e depois em uma carreata entre o Congresso e a Casa Branca. Obama e a primeira-dama Michelle desceram do carro duas vezes e fizeram parte do caminho a pé, acenando para a multidão.

Barack Obama deixou claro que está disposto a usar o capital político que acumulou com a vitória na eleição de novembro. Ele transformou a maquina eleitoral, que funcionou tão bem, em um comitê político. A tarefa será mobilizar a opinião pública, quando iniciativas do governo apoiadas pelos americanos forem derrubadas pela oposição.

A lógica da Casa Branca é pressionar o Congresso cada vez mais a partir de agora, porque o convívio com o Partido Republicano, na visão de Obama, não tem como ficar mais difícil do que já foi no primeiro mandato.

Fonte: G1



Discurso de posse de Obama ressalta valores de liberdade e igualdade

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu unidade e ação a seus compatriotas nesta segunda-feira para avançar em assuntos como imigração, controle de armas e mudança climática, em um discurso de posse no qual prometeu coragem na política externa e fidelidade aos valores de liberdade e igualdade.

“Meus compatriotas, estamos prontos para este momento e o aproveitaremos, desde que aproveitemos juntos”, ressaltou Obama após jurar publicamente o cargo para um segundo mandato, até janeiro de 2017, em cerimônia pública em frente ao Capitólio de Washington.

Foi um discurso curto, de aproximadamente 15 minutos, e Obama o dedicou a lembrar os valores dos fundadores dos EUA, como a liberdade e a igualdade, assim como a mencionar, por alto, as prioridades de seus próximos quatro anos na Casa Branca.

“Quando os tempos mudam, nós também devemos mudar. A fidelidade a nossos princípios fundamentais exige novas respostas aos novos desafios. Preservar nossas liberdades individuais requer ações coletivas”, refletiu o presidente.

O tom de seu discurso foi promissor e Obama aludiu às “possibilidades ilimitadas” dos EUA após o final de “uma década de guerra” e o início da recuperação econômica depois da grave crise de 2008.

“Agora as decisões estão em nossas mãos e não podemos permitir-nos um atraso. Não podemos confundir absolutismo com princípios, substituir a política pelo espetáculo ou passar de um debate raciocinado aos insultos”, ponderou o presidente.

Em linha com seus discursos da campanha eleitoral do ano passado, Obama sustentou que a liberdade não pode estar reservada “para os afortunados” nem a felicidade “para uns poucos”, e acrescentou que a prosperidade dos EUA “deve recair nos amplos ombros de uma classe média crescente”.

Segundo Obama, o momento atual requer “uma nação que recompense o esforço e a determinação de cada americano”, já que o país “não pode ter sucesso quando apenas um reduzido grupo está muito bem”.

A viagem iniciada pelos fundadores do país não concluirá “até que encontremos melhor forma de dar as boas-vindas aos que lutam, aos imigrantes que ainda veem os EUA como uma terra de oportunidades”, afirmou o presidente em referência à reforma migratória que prometeu impulsionar em seu segundo mandato.

Essa viagem “não estará completa”, disse, até que os homossexuais “sejam tratados de maneira igual a qualquer outra pessoa pela lei”.

Obama foi o primeiro presidente americano a usar a palavra “gay” em um discurso de posse, segundo o jornal “Politico”.

Também houve uma menção à cidade de Newtown, onde no último dia 14 de dezembro 20 crianças e seis adultos morreram pelos disparos efetuados por um jovem de 20 anos que antes matou a sua mãe e depois se suicidou.

Esse massacre motivou Obama a tomar medidas para conseguir um maior controle da posse e compra de armas.

“Nossa viagem não estará completa até que nossas crianças, das ruas de Detroit até as montanhas dos Apalaches e as tranquilas ruas de Newtown, saibam que estão sempre a salvo de qualquer dano”, exclamou.

Além disso, advertiu que não assumir uma atitude em relação à “ameaça da mudança climática” seria uma “traição” às crianças de hoje e às gerações futuras.

“Como povo ainda acreditamos que nossas obrigações como americanos não são apenas para nós mesmos, mas com a posteridade”, comentou.

Por outro lado, Obama prometeu “coragem” para tentar resolver “pacificamente” as diferenças com outros países, porque segundo sua opinião o compromisso é mais efetivo nas relações internacionais que “as suspeitas e o medo”.

“Apoiaremos a democracia da Ásia à África, das Américas ao Oriente Médio”, assinalou Obama, para quem os EUA têm a obrigação “de atuar em nome dos que anseiam por liberdade” e “seguirá sendo a âncora de alianças fortes em todas as partes do mundo”.

Como se esperava, o discurso não incluiu propostas concretas sobre os principais desafios de seu segundo mandato, algo que Obama reserva para seu discurso anual sobre o Estado da União perante o Congresso, programado para o próximo dia 12 de fevereiro.

 

Fonte: Terra

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