Por João Gabriel Rodrigues
Ginasta mantém projeto de se aposentar em 2012, mas quer conquista antes
O tempo fora das competições não mudou o planejamento de Daiane dos Santos para a sequência de sua carreira. Aos 27 anos, a ginasta, que conquistou quatro medalhas de ouro no Campeonato Paulista, reafirmou sua intenção de se aposentar depois dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Antes disso, no entanto, tem outra meta: conquistar a medalha olímpica, ainda inédita para a atleta do Pinheiros.
Daiane, que no ano passado operou o joelho direito e, depois, foi punida por doping, afirma que pretende deixar as competições para se tornar treinadora. Mas o sonho de conquistar uma medalha em Olimpíadas ainda existe.
– Depois de 2012, chega. Quero trabalhar no outro lado, ser treinadora. Todo mundo tem um limite, e 2012 está bom para mim. Em 2016 não vai dar, mas espero que o Brasil tenha uma ótima safra. Mas quero estar em Londres. Meu foco sempre foi esse. E claro que ainda penso em conquistar uma medalha.
Antes disso, Daiane tem outros dois compromissos importantes pela frente: o Brasileiro e o Mundial, em outubro, na Holanda. O primeiro serve de avaliação. Para o segundo, a ginasta evita fazer prognósticos, mas diz que o objetivo sempre será a medalha.
– Medalha a gente sempre quer, mas tinha tempo que eu não competia. Estou me sentindo muito mais segura. A operação (no joelho direito, depois de Pequim) foi essencial para tudo isso.
A ginasta garante que as únicas dores que sente atualmente são as normais de competição. Apesar de ter se poupado em dois aparelhos no Campeonato Paulista, ela diz que a meta é de sempre dar o máximo que a competição pedir.
– Aqui, eu dei 100% para o Campeonato Paulista. Não trabalho com outra meta. Toda vez vai ser 100% – disse.
Durante as apresentações no solo no Campeonato Paulista, Daiane dos Santos usou uma nova música, criada por um outro atleta do Pinheiros, Maurício. Ela disse que o “Brasileirinho” marcou sua carreira, mas sentiu que era hora de mudar.
– Já estava na hora. O “Brasileirinho” marcou minha carreira, mas precisava mudar. Por isso escolhemos essa música, que mistura um pouco de salsa. As pessoas sempre gostam desse ritmo mais “caliente”. Espero que gostem desta vez.
Daiane confessa, no entanto, que a série aplicada em sua especialidade, o solo, não tinha um nível de dificuldade tão elevado. Segundo a ginasta, é o técnico argentino Raimundo Blanco que escolhe os movimentos que vai fazer. Mas os dois já estão conversando sobre os próximos passos.
– Nós conversamos sobre isso. Aqui, fizemos uma série mais simples, mas agora temos tempo para trabalhar outras coisas. Agora é treinar, fazer outros elementos. Passei dois anos fora e continuo entre as seis melhores do mundo. Quero mais.
Fonte: Globoesporte
