Para OCDE, alunos do Brasil têm leitura semelhante à de Trinidad e Tobago

Por: Daniela Fernandes

 

Os estudantes brasileiros ficaram em 51° lugar no ranking de leitura entre 65 países, segundo indica uma pesquisa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgada nesta terça-feira.

Segundo o levantamento, realizado pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) da OCDE, o Brasil obteve um resultado de 412 pontos, semelhante aos registrados por Trinidad e Tobago (416), Colômbia (413) e Montenegro (408).

O número representa uma melhora do Brasil em termos de leitura na comparação com a última pesquisa, realizada em 2006, quando o país obteve 396 pontos.

A média em leitura dos alunos dos países ricos que integram a OCDE foi de 493 pontos. O melhor resultado foi dos alunos de Xangai (China), que obtiveram 556 pontos. A pesquisa também incluiu Taiwan, Macau e Hong Kong.

Na área de matemática, os alunos brasileiros ficaram em 55° lugar entre 65 países, com 386 pontos, número similar aos de Albânia, Jordânia, Colômbia e Argentina.

Com isso, o Brasil ficou abaixo do nível básico de compreensão em matemática, que é de 400 pontos – embora tenha crescido 30 pontos em relação a 2006.

Na área de ciências, o Brasil totalizou 405 pontos e também melhorou a performance em relação à pesquisa anterior, que havia sido de 390 pontos. No ranking de 65 países, o Brasil ficou na 52ª posição na disciplina.

O Pisa avalia a cada três anos a performance de estudantes em leitura, matemática e ciências, com idade de 15 anos ou mais, matriculados a partir da 7ª série do ensino fundamental.

Participaram do estudo 20,1 mil estudantes brasileiros, de um total de 470 mil de 65 países. Em 2006, foram pesquisadas 57 nações.

Crescimento

Em 2009, o Brasil conseguiu ultrapassar em leitura a faixa dos 400 pontos, considerada o nível de competências básicas para ler e saber interpretar um texto. Com isso, superou a Argentina na nova pesquisa.

Apesar disso, quase a metade (49,6%) dos alunos brasileiros obteve menos de 407 pontos (classificado como nível 2) de competências básicas. No entanto, houve progresso, já que esse índice era de 55% na pesquisa anterior.

“O Brasil aumentou os resultados nas três áreas do estudo (leitura, ciências e matemática). Não são muitos os países que conseguiram fazer isso”, disse à BBC Brasil Guillermo Montt, analista de educação da OCDE.

O aumento mais importante foi na área de matemática, de 30 pontos, “o segundo maior crescimento nessa disciplina registrado pela pesquisa”, segundo Montt.

“O Brasil mostrou que sabe e pode melhorar seu rendimento. Não é uma surpresa que o país continue em posições baixas no ranking, já que o processo de melhoria do ensino é algo lento e muito amplo”, diz o analista da OCDE.

 

Fonte: BBC

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