Há cinco anos, conseguimos implementar o estudo da História e Cultura Africana e Afro-brasileira na nossa Escola Municipal de Educação Infantil Guia Lopes, na cidade de São Paulo. Como resposta, recebemos uma pichação no muro: “vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas”. Este ato racista se transformou numa oportunidade para a formação dos alunos e a conscientação da comunidade. Fizemos atividades, mobilizamos pessoas que nos apoiam e criamos este abaixo-assinado para que a nossa escola passe a se chamar EMEI Nelson Mandela.
Por Cibele Racy, do Change.org
Apesar da lei que inclui a História Africana no ensino ser de 2003, ainda há muitas crianças que não têm este direito garantido. Eu, como diretora da escola, tenho muito orgulho de fazer parte deste projeto e, especialmente, da aprendizagem de nossas crianças. A mudança de nome para EMEI Nelson Mandela é muito importante para toda a comunidade e para as futuras gerações. Por isso, peço que o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o secretário de Educação Gabriel Chalita, o secretário de Direitos Humanos e Cidadania Eduardo Suplicy e o secretário de Promoção da Igualdade Racial Maurício Pestana nos ouçam e compreendam a importância deste pedido.
Desde 2014, trabalhamos a história de vida do líder negro Nelson Rolihlahla Mandela. Com a criatividade das crianças, a escola tem um príncipe africano chamado Azizi Abayomi – um boneco que chamamos de figura de afeto. O avô do príncipe é o “Vovô Madiba”. Assim, garantimos a continuidade de um cenário repleto de imaginação, fantasia e afetividade que permeiam a nossa realidade pedagógica e também o tratamento da temática como símbolo de luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
Peço o apoio assinando e compartilhando este abaixo-assinado.