Pesquisa mede o racismo entre jovens italianos e de origem estrangeira

Por ocasião do 20 de novembro, Jornada dos Direitos da Infância e da Adolescência, Lorien Consulting e o Comitê italiano para o Fundo das Nações para a Infância realizaram um estudo para indagar sobre a percepção da difusão do racismo entre os adolescentes italianos e os de origem estrangeira.

400 menores italianos e 118 estrangeiros foram ouvidos durante a realização dessa pesquisa, que levantou também quais são as medidas que estão atualmente em vigor para combater esse tipo de preconceito. Vamos a alguns resultados: 70% dos adolescentes italianos dizem encontrar-se com adolescentes estrangeiros pelo menos uma vez na semana, 43% no tempo livre e 42,2% na escola. A relação de amizade se estabelece em 50% dos casos. 57% pensam que os estrangeiros são parte integrante da sociedade italiana e 52% dizem que os que se encontram em dificuldade devem ser ajudados. 55,6% considera a presença de pessoas de outros países positiva, enquanto 47% destacou um enriquecimento cultural com essa presença.

Afrontando o tema do racismo, ambos afirmaram que ele não se expressa somente através de violências, mas principalmente com a rejeição e a marginalização. Principalmente para os de origem estrangeira, o racismo se apresenta quando há qualquer distinção para com diferenças raciais, culturais, religiosas, ideológicas, etc.

50% dos adolescentes estrangeiros diz já ter assistido a episódios de racismo, porém somente 22% declarou ter sido alvo de racismo, dos quais mais da metade disse que isso teria acontecido na escola.

Da pesquisa emergiu que o racismo está bem presente na sociedade italiana, principalmente constatada pelos adolescentes estrangeiros. Na luta contra o fenômeno, eles colocam as Instituições Nacionais como as primeiras (20%), a Igreja católica vem em segundo lugar (encabeça 18% das ações), depois vêm as Organizações Internacionais e as escolas, com 16% cada. (ED)

Fonte: Rádio Vaticano

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