Por: Carlos Santana
O Centro de Estudo sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), departamento do Comitê Gestor da Internet no Brasil, divulgou nesta semana uma pesquisa na qual investigou o comportamento dos usuários da internet no país. Concluiu que chega a 71% o número de usuários da internet que a utilizam para fins educacionais. O quadro que recorta esse grupo e o separa dos demais deixa claros alguns detalhes do perfil do brasileiro que se educa pela internet.
Nesse levantamento, chama a atenção o fato de que as classes D e E utilizam com mais freqüência a internet para fins educacionais do que a classe A. Entre os mais pobres, 72% dos usuários da internet a utilizam para se educar. Entre os mais ricos, esse percentual chega a 68%. Note-se pelo levantamento que, de todas as classes sociais, os mais ricos são os que menos utilizam a rede de computadores com a finalidade educacional. Nessa divisão por classe social, a classe B é a maior usuária da internet para esta finalidade (73%). Esse levantamento é coerente com outras pesquisas do próprio Comitê Gestor que indicam uso freqüente da internet pela população de baixa renda em ambientes como os das lan houses, por exemplo.
Se a classificação for por faixa de renda, os que ganham até um salário mínimo são os que mais utilizam a rede para se educar (76%), enquanto que os que ganham mais de dez salários mínimos são os que menos usam (69%).
A pesquisa também verificou que, entre os usuários da internet, é mais intenso o seu uso educacional por mulheres (75%) do que por homens (69%), e mais por moradores da região norte (83%) e nordeste (77%) do que por moradores do Sudeste (70%) e do Sul (64%).
Vê-se ainda que a faixa etária dos 10 a 15 anos é a que mais utiliza a internet para fins educacionais (90%).
Aqui, a tabela com os resultados para os usuários que estudam pela internet. E o resultado completo da pesquisa aqui, no site do CETIC.
1 – Base: 9.058 entrevistados que usaram a Internet nos últimos três meses (amostra principal + oversample de usuários de Internet). Entrevistas realizadas em área urbana.
2 – Na categoria não integra população ativa estão contabilizados os estudantes, aposentados e as donas de casa.
3 – O critério utilizado para classificação leva em consideração a educação do chefe de família e a posse de uma serie de utensílios domésticos, relacionando-os a um sistema de pontuação. A soma dos pontos alcançada por domicílio é associada a uma Classe Sócio-Econômica específica (A, B, C, D, E).
Veja, no link da matéria, a tabela de erros estatísticos aproximados para cada variável este indicador. Números precedidos de * são Números calculados sobre bases de entrevistas pequenas, e que possuem erro estatístico acima de 4%. Veja somente os números com erro amostral abaixo de 4%.
Fonte: Ache Seu Curso