Polêmica: Evangélicos x Vendedores de Acarajé

No último “Programa Esquenta” da apresentadora Regina Casé, um dos temas abordados foi a discussão que envolve evangélicos e baianas vendedoras de “Acarajé”.

Confira os pontos da polêmica:

Para as baianas, uma vendedora de Acarajé tem que estar devidamente caracterizada para vender o produto.

No consenso geral, todos podem vender o tal Acarajé, desde que não mude o nome do alimento.

Para alguns vendedores protestantes, eles têm o direito de vender o produto com o nome de “Bolinho de Jesus” ou “Acarajé Pentecostal”.

No livro de Manuel Querino em “A arte culinária na Bahia”, de 1916, conta, na primeira descrição etnográfica do acarajé, que “no início, o feijão-fradinho era ralado na pedra, de 50 cm de comprimento por 23 de largura, tendo cerca de 10 cm de altura. A face plana, em vez de lisa, era ligeiramente picada por canteiro, de modo a torná-la porosa ou crespa. Um rolo de forma cilíndrica, impelido para frente e para trás, sobre a pedra, na atitude de quem mói, triturava facilmente o milho, o feijão, o arroz”.

Segundo Wikipedia, O acarajé da África Ocidental que, deu origem ao brasileiro, é uma iguaria árabe chamada “Falafel” e foi levada para o continente africano durante as diversas incursões durante os séculos VII a XIX. Os árabes faziam o alimento com favas secas e Grão de bico que foram substituídas pelo feijão-fradinho na África.

Em 2008, o presidente da Associação das Indústrias do Líbano, Fadi Abboud, provocou discussão mundial ao reivindicar para seu povo a propriedade intelectual da receita, acusando Israel, onde ela é igualmente popular, de se apropriar de uma comida típica do seu país.

Na África, “Acará” significa bola de fogo e “jê” é o ato de comer, o que no Brasil pode ser traduzido informalmente para “comer bola de fogo”.

Para o candomblé, o alimento é oferecido aos orixás e pode ser apresentando em um prato de sobremesa em forma arredondada ou como um bolinho assemelhando um casco de tartaruga.

Confira a polêmica:

 

YouTube video

 

 

 

Saiba mais: 

Surgido no candomblé, o acarajé já é vendido também por evangélicos

 

Aprovada a Lei que proibe evangélicos de venderem o Acarajé como “Bolinhos de Jesus”

 

Fonte: Tela Crente

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