Por: CARLOS GUILHERME FERREIRA E FERNANDA FEDRIZZI
O presidente do São José, José Paulo Conceição Fernandes, o auxiliar-técnico Claudiomiro (ex-Grêmio) e um segurança do clube acusaram de racismo o prefeito da cidade, Waldemar De Carli, conforme registro de termo circunstanciado na Brigada Militar de Veranópolis.
Foi na noite de domingo, logo após o 5 a 2 do São José sobre o Veranópolis, pelo Gauchão, em Veranópolis. Segundo Fernandes, De Carli teria lhe ofendido usando o termo “macaco”.
– Foi um fato bastante pessoal. Nada que envolva as agremiações – garantiu Fernandes.
Ontem, porém, o prefeito disse não lembrar do que foi dito.
– Se eles estão acusando, devem provar. Eu e minha mulher (Neodi) nos envolvemos em um tumulto, mas foi discussão normal de jogo. Não vou fazer nada e, se fizeram, vamos nos defender. Há testemunhas dos dois lados. Não nego que participamos disso, mas estão supervalorizando o fato – afirmou De Carli.
Segundo Fernandes, o prefeito invadiu o camarote e ofendeu Claudiomiro e um segurança. Havia queixas da arbitragem, devido à ligação do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto Neto, com o São José. A expulsão de Marcos Paraná, do Veranópolis, foi mencionada pelo prefeito.
Fernandes afirmou ter pedido a De Carli que deixasse o local, mas ele teria ficado contrariado. O São José marcou o quarto gol, o que teria acirrado os ânimos e motivado os xingamentos. Não teria havido agressões físicas.
Após o jogo, dirigentes do Veranópolis procuraram a delegação do São José para pedir desculpas. Médico do clube, De Carli já foi presidente do Veranópolis.
Fonte: Zero Hora