Prêmio Jovem Cientista será lançado em Manaus

Fonte: Fapeam –

MANAUS – Reconhecida como uma das mais importantes premiações científicas da América Latina, a XXIV edição do Prêmio Jovem Cientista será lançada no dia 14 de julho em Manaus durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

 

O Prêmio Jovem Cientista desafia estudantes e pesquisadores a reduzirem impactos ambientais causados pelo uso de fontes de energia. Atualmente, quase 55% da energia consumida no Brasil vêm de fontes não-renováveis, como o petróleo e o gás natural, por exemplo. Embora não seja um dos piores no ranking, já que a média mundial de utilização de energias renováveis é de 13%, o país tem muito a melhorar.

 

O Prêmio

 

Na edição 2009/2010 do Prêmio Jovem Cientista, as linhas de pesquisa propostas pelo tema têm por objetivo estimular a produção e o consumo de fontes de energia renováveis e sustentáveis, atendendo a necessidades do dia-a-dia sem comprometer o patrimônio ambiental das novas gerações.

 

O PJC irá premiar cinco categorias: Graduado, Estudante de Ensino Superior, Estudante de Ensino Médio, Orientador e Mérito Institucional. Há ainda uma Menção Honrosa para um pesquisador com título de doutor que se destaque por sua trajetória na área relacionada ao tema do prêmio.

 

Ao todo, serão entregues equipamentos de informática e R$ 145,5 mil em prêmios, incluindo R$ 30 mil para a instituição de ensino médio e de ensino superior com o maior número de trabalhos com mérito científico inscritos. Todos os trabalhos são publicados em um livro e distribuídos gratuitamente para universidades, escolas, órgãos públicos e privados.


Premiação durante SBPC

 

Também no dia 14, das 14h às 15h30min, no mesmo local, as três primeiras colocadas da última edição apresentarão ao público as pesquisas que as tornaram vencedoras na XXIII edição do Prêmio, que teve como tema Educação Para Reduzir as Desigualdades Sociais.

 

Júlia Soares Parreiras, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET), venceu na categoria Estudante do Ensino Médio, com a pesquisa “Educação para Prevenção: uma Alternativa para Melhoria da Qualidade da Água e das Condições Sanitárias de Comunidades Carentes”.

 

Ela vai explicar como descobriu ser possível transformar água poluída em água de boa qualidade utilizando apenas garrafas PETs transparentes, um pouco de tinta preta, papel alumínio e caixas de papelão abertas.

 

O sistema, que será apresentado durante a SBPC, passou a ser utilizado por moradores de uma comunidade carente, cuja água das torneiras chegava escura e barrenta.

 

Universidade Federal da Bahia

 

Já Sheila Regina dos Santos Pereira, primeiro lugar na categoria Graduado e representante da Universidade Federal da Bahia/Instituto Cultural Steve Biko (UFBA), mostrará os resultados do trabalho “OGUNTEC: Uma Experiência de Ação Afirmativa no Fomento à Educação Científica”.

 

O projeto funciona dentro do Instituto Cultural Steve Biko e proporciona a jovens afrodescendentes de escolas públicas de Salvador a oportunidade de uma educação científica que lhes encoraje o ingresso na área. Sheila trabalhou com 35 jovens negros do ensino médio de sete escolas públicas de Salvador, que foram preparados para adquirir habilidades e competências pertinentes às áreas de ciência e tecnologia num período de 28 meses.

 

PUC Minas

 

A terceira a falar será Terezinha Cristina da Costa Rocha, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). A contemplada com o maior prêmio da categoria Estudante do Ensino Superior contará como facilitou a comunicação de surdos ao desenvolver um dicionário de termos de Filosofia em Língua Brasileira de Sinais (Libras), até então deficitário.

 

Ela explica que o Núcleo de Apoio à Inclusão da PUC-MG identificou a necessidade de traduzir para a LIBRAS palavras relacionadas à Filosofia, que eram ditas durante as aulas sem que houvesse uma forma de traduzir para surdos.

 

– Precisávamos reverter esse quadro e fazer a interpretação fluente. Esse dicionário foi feito com a participação efetiva dos alunos, através de grupos de discussão. Às vezes, levávamos um dia inteiro para criar um único sinal, relata. Foram criados 300 novos sinais relacionados à Filosofia.

 

O novo dicionário, no formato CD-Rom com vídeos de cada um dos sinais, auxiliou alunos surdos de todos os cursos da PUC, já que a disciplina de Filosofia é obrigatória em todas as faculdades e poderá ser útil também no Ensino Médio.

Matéria original: Prêmio Jovem Cientista será lançado em Manaus

+ sobre o tema

Prefeitura do Rio revoga resolução que reconhecia práticas de matriz africana no SUS; ‘retrocesso’, dizem entidades

O prefeito Eduardo Paes (PSD) revogou, na última terça-feira (25), uma...

Decisão de julgar golpistas é histórica

Num país que leva impunidade como selo, anistia como...

A ADPF das Favelas combate o crime

O STF retomou o julgamento da ADPF das Favelas, em...

STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe e abre caminho para julgar ex-presidente até o fim do ano

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira...

para lembrar

A brava gente brasileira merece a ternura de um país cuidador

Por: Fátima Oliveira Queimava neurônios sobre o que escrever numa...

Dilma: governo não vai descansar até retirar da miséria 16 milhões de pessoas

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que o...

Kotscho: Quem vai pagar por prejuízos causados pelo terrorismo midiático?

O maior legado da Copa é a força do...

Comitê Quilombola da 2ª Marcha das Mulheres Negras é lançado em Brasília

Mulheres quilombolas de todo o país lançaram, nesta terça-feira (25), o Comitê Quilombola da Marcha das Mulheres Negras 2025, que acontecerá em novembro. O...

Governo encara o privilégio tributário dos muito ricos

Mais que cumprir promessa da campanha de 2022 ou anabolizar a popularidade enfraquecida do presidente da República, o projeto de lei que isenta de...

Google concorda em pagar US$ 28 milhões em processo por preconceito racial

O Google concordou em pagar US$ 28 milhões (cerca de R$ 159 milhões) para encerrar uma ação judicial por preconceito racial, que alegava que funcionários brancos...
-+=