Após ser eleita Miss São Paulo 2024, Milla Vieira vem sofrendo ataques racistas nas redes sociais. A representante de São Bernardo do Campo se manifestou e recebeu apoio das organizações do Miss Universe Brasil e do Miss Universe São Paulo, que repudiaram as mensagens de ódio recebidas, nesta segunda-feira (29).
A paulista, de 33 anos, publicou fotos de alguns dos comentários que recebeu em suas publicações e questionou: “Por que tanto incômodo? Por que tanto ódio?”, afirmou ela, que também denunciará os autores: “Internet não é terra sem leis, e os responsáveis serão, SIM, penalizados. Aqui a ‘cultura do hate’ não se perpetuará”.
Em nota, as organizações lamentaram e se disseram “chocados com tamanhas atrocidades”. Destacaram também a decisão do concurso em elegê-la miss: “Reiteramos a nota acima e salientamos que a decisão dos jurados (mais de 20 jurados) foi respeitada e a Milla eleita por mérito e excelência de suas competências e por sua beleza. Milla tomará medidas legais com nosso apoio e esperamos que todos que deferiram mensagens depreciativas conotando racismo paguem por isso”, dizia o comunicado.
Nos comentários, Milla recebeu uma onda de apoio dos seguidores e fãs do concurso. “Você é maravilhosa, merecedora dessa coroa e esperamos que todo e qualquer desrespeito seja devidamente punido”, afirmou internauta.
Quem é Milla Vieira
Natural da capital paulista, Milla começou sua jornada nos concursos de miss em 2014, quando foi eleita para representar o país no Miss Supranational daquele ano, na Polônia. Foi quando sua carreira como modelo internacional deslanchou e a levou a morar em países como África do Sul, Espanha, Estados Unidos, México, Uruguai e Itália.
Ela é a mais nova de quatro irmãos e começou a trabalhar aos 11, ajudando na barraca de doces e cocadas montadas pela família em festas populares. Milla também é fluente em inglês e espanhol.
Ela é a quinta mulher negra a ser Miss São Paulo (Universo), que realizou sua 68ª edição este ano. Antes dela, também usaram a coroa Karen Porfírio (2017), Sabrina Paiva (2016), Sílvia Novais (2009) e Joyce Aguiar (2001).