Por Luiz Carlos Azenha
José Serra deu uma excelente entrevista ao Jornal Nacional, considerando seus objetivos políticos. Estava seguro e teve o controle da situação.
William Bonner não repetiu a agressividade que demonstrou diante de Dilma Rousseff.
Seria apenas natural que Bonner perguntasse a Serra sobre o mensalão do DEM, em Brasília; sobre o fato de que Serra chegou a cogitar a indicação de José Roberto Arruda como vice.
Porém, curiosamente, tanto na entrevista com Marina Silva quanto com José Serra o apresentador do JN focou no mensalão do PT. E o mensalão do senador Eduardo Azeredo, do PSDB? Ah, esse não existe.
É por isso que chamei de conversa de comadres. Depois de ver o vídeo na internet, juro que fiquei morrendo de vontade de pagar pedágios federais só para poder andar nas estradas do Serra.
Não vi ao vivo porque estava em uma cerimônia familiar.
Durante o evento, o telefone toca.
Um amigo, aparentemente indignado, protestava contra a diferença de tratamento dado pelo JN a Dilma e Serra.
Minha resposta:
1. O governo Lula passou oito anos na defensiva e não jogou na politização do eleitorado (a não ser entre o primeiro e o segundo turnos de 2006);
2. O governo Lula não pode reclamar da mídia. É a mídia que este governo ajudou a financiar e ele está apenas colhendo o que plantou;
3. Parece ser um caso de síndrome de Estocolmo.
Fonte: Viomundo
