O vereador Sílvio Humberto (PSB) teceu críticas à forma com que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – Sedur, órgão vinculado à Prefeitura, procedeu diante da denúncia de uma construção realizada nas proximidades do Ilê Asé Iyá Nassô Oká (Terreiro da Casa Branca), localizado no Engelho Velho da Federação.
Segundo o edil, o templo religioso está, desde 2019, sob ameaça da obra que hoje dá lugar a um prédio de cinco andares, mas que só foi interditada pelo órgão após amplas denúncias nas redes sociais.
“Nós estamos falando do primeiro monumento negro considerado Patrimônio Histórico do país, que deu origem a casas de cultos referências na Bahia e no Brasil, como o Ilê Axé Opô Afonjá e Gantois, mas que tem o sagrado, a cultura, a tradição e o axé violados. É um absurdo que a primeira casa de candomblé do Brasil, nessa cidade mais negra fora do continente africano não tenha recebido a devida atenção do poder público dentro de suas competências institucionais, como prega, inclusive, o Estatuto da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa do município”, criticou.
“Agora o que a comunidade e todos nós esperamos é que seja feita a demolição do imóvel e tomada as providências cabíveis para garantir o direito ao espaço, ao território”, completou.