247 – O campeão de MMA Anderson Silva chegou a assumir ser gay à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, quando foi interrompido pela assessoria de imprensa: “Cuidado com o que você diz”. Em seguida, afirmou, por fim: “Não, eu não sou gay”.
Ao ser questionado sobre o que acha do deputado Marco Feliciano, diz ser “a favor da liberdade de expressão, para quem é gay e para quem não é também”.
O atleta, muito criticado por sua última derrota no ringue, declarou sobre a luta ter sido “uma falha humana, que custou o título, um patrimônio brasileiro”. Em seguida, admitiu: “Não sou máquina. Cometi um erro bobo, precisava ter dado um passo atrás e não dei. E gerou essa polêmica [pelo fato de] nunca ter sido nocauteado. Uma coisa nova que me deixou triste, me questionando se sou bom o suficiente”.
Leia abaixo alguns trechos e a íntegra aqui.
Folha – A pergunta que não quer calar…
Anderson Silva – Tá bom, vai, eu sou gay [risos]. Não existe cura gay. Eu não tô curado de ser gay [A assessora interrompe: “Cuidado com o que você diz”. Mais risos]. Não, eu não sou gay.
Derrota: Pode ter sido cansaço?
Tenho plena certeza de que foi estresse mental. Fiquei decepcionado com a atitude de alguns que não conhecem muito, imaginando que vendi a luta. Te colocam numa posição de intocável, imbatível.
Que lição ficou?
Fui do céu ao inferno muito rápido. Quando você começa a vencer muito não consegue detectar problemas.
Você já conquistou tudo?
Dentro do esporte, já conquistei tudo o que gostaria.
Como vê um atleta como Romário na política?
Ele se saiu muito bem. Mas uma andorinha não faz verão. O governo tem que investir mais em esporte e saúde. O negócio é esperar, de repente o Romário vira presidente.
Pensa em ser político?
Não tenho talento. Não tenho paciência pra sacanagem. E com político você tem que ser político. Não tenho estômago, ia sair metendo a porrada em todo mundo.
Fonte: Brasil 247