‘Temer governa sem o povo e contra o povo’, diz jornal francês

Um artigo publicado nesta semana no jornal francês Libération, intitulado, “Brasil, o novo laboratório do neoliberal”, faz duras críticas ao governo de Michel Temer e suas políticas.

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O texto conta a trajetória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamado de “chefe carismático do Partido dos Trabalhadores” e de sua sucessora, Dilma Rousseff, cujo impeachment os autores atribuem a um “novo tipo de golpe de Estado, dado não por militares, mas pela mídia, pelo poder judiciário, e logo depois pelo Congresso”.

O artigo fala ainda que as provas de corrupção contra o presidente Michel Temer, seus ministros e boa parte dos deputados e senadores são “esmagadoras” e, mesmo assim, as duas tentativas de tirar Temer do poder, em agosto por corrupção passiva, e em outubro, por obstrução à justiça e formação de quadrilha criminosa, não tiveram sucesso.

“O governo comprou o apoio dos eleitos. No geral, terá custado um pouco menos de 20 bilhões de reais, que poderiam ter sido investidos em saúde, educação, ciência e tecnologia. As pessoas estão sofrendo”, diz um trecho.

O artigo cita ainda a situação do Rio de Janeiro que, desde o final dos Jogos Olímpicos, “voltou a se tornar uma zona insegura com múltiplas formas de violência, uma guerra entre facções de tráfico de drogas”. “O sentimento de insegurança se instalou na cidade”, afirmam.

“Com uma aprovação de 5%, o governo não só governa sem as pessoas, mas também contra as pessoas, que perdem não só sua voz e seus direitos, mas também todas as esperanças. Na verdade, para ter sucesso em seu golpe, Temer confiou em ambos os setores mais atrasados ​​do país (grandes proprietários rurais) e os setores mais avançados (empresários). O resultado é uma política social, cultural e ecológica desastrosa.”

Os autores também se dedicam a falar sobre a nova lei do trabalho, que entrou em vigor em 11 de novembro.

“Em um país onde a concentração da riqueza já é considerável, a nova lei trabalhista reduzirá ainda mais o poder de compra dos mais pobres e reduzirá a já fraca capacidade de investimento do Estado brasileiro, que será forçado a aumentar a dívida pública. A situação é tensa. O Brasil está avançando perigosamente para o precipício. Qualquer coisa pode acontecer – incluindo o pior”, finalizam.

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