Um anúncio contra o racismo

Eis o trabalho que as alunas, Catarina Bárbara e Maria Bumbuk, do 11º F fizeram sobre um anúncio publicitário.

Vale a pena ver e ler!

O racismo corresponde a um preconceito e conduz a atitudes discriminatórias. Este anúncio pretende levar as pessoas a repensar algumas das suas ideias e a compreender os efeitos negativos que estas podem ter nos outros e em si próprias. No anúncio vemos uma rapariga a aplicar, ao espelho, um creme (Racism) aparentemente para lhe fazer bem à “pele” e ficar mais bela.

No entanto, os efeitos produzidos são o contrário dos desejados, pois com o passar dos dias a rapariga apresenta olheiras, alergia, vermelhidão e borbulhas e começa a ter feridas, chegando a ficar com a cara completamente desfigurada. Assim, apesar deste “creme” a ir desfigurando, ela continua a aplicá-lo, sem se aperceber do mal que este lhe faz. O mesmo se passa com as pessoas com ideias racistas, também elas não se apercebem que ao discriminarem os outros de forma repetida, esses atos acabam por lhes moldar o carácter transformando-as em pessoas “feias” (moralmente desprezíveis). Trata-se, portanto, de um argumento por analogia. Neste caso é um argumento fraco porque a fealdade física e moral não são comparáveis, as diferenças são maiores que as semelhanças.

Os argumentos implícitos no vídeo podem expressar-se do seguinte modo:

Modus ponens

Se és racista, então vais ficar feio.

És racista.

Logo, ficaste feio.

Modus tollens

Se és racista, então vais ficar feio.

Não ficaste feio.

Logo, não és racista.

A principal mensagem transmitida ao espectador é que não devemos ser racistas. O termo “feio” é utilizado em sentido moral: é algo condenável por ser contrário ao bem e ao dever. Na prática, o racismo deixa marcas, bastante más até, especialmente na vítima, mas também no indivíduo que tem este tipo de atitudes, pois ele em vez de se tornar uma pessoa melhor, regride, tornando-se irreconhecível para si próprio, tal acontece à rapariga do anúncio.

Neste vídeo utilizam-se, de forma implícita, falácias informais (argumentos em que as premissas não sustentam a conclusão – em virtude do seu conteúdo e/ou da sua forma – embora isso não pareça acontecer). Exemplos:

– Apelo às consequências: o autor para mostrar que uma crença (o racismo) é falsa aponta as consequências desagradáveis que advirão em sua defesa (o facto das pessoas ficarem feias (ou seja moralmente desfiguradas, com dificuldade em se reconhecerem a si próprias).

– Ataque pessoal: em vez de se apresentarem razões para justificar porque motivo esta é uma crença falsa, ataca-se as pessoas racistas dizendo que elas são feias. Quando o que importava era demonstrar que o racismo não tem qualquer fundamento racional.

A nosso ver, este anúncio é apelativo e faz as pessoas (algumas pelo menos) repensarem as suas atitudes. Este anúncio não foi feito para promover um tipo de alimento, uma marca, ou outros objectos, mas sim para despertar as pessoas: aquelas que ainda permanecem na ignorância, pensando que certos indivíduos são superiores a outros devido às suas características físicas. Recentes investigações provam que a “raça” é um conceito inventado. A noção de “raça” não possui qualquer fundamento biológico. Não existe nenhuma prova científica da existência de raças diferentes. A biologia só identificou uma raça: A RAÇA HUMANA.

Catarina Bárbara e Maria Bumbuk

 

 

 

Fonte: Dúvida Metódica

+ sobre o tema

Caso Marielle: veja quem já foi preso e os movimentos da investigação

Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério...

PF prende Domingos Brazão e Chiquinho Brazão por mandar matar Marielle; delegado Rivaldo Barbosa também é preso

Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos neste domingo (24) apontados como...

para lembrar

Justin Bieber faz comentário racista

Justin Bieber voltou a causar sensação, mas desta feita...

Ong acusa personagem do Zorra Total de racismo

A personagem Adelaide, interpretada pelo ator Rodrigo Sant'anna no...

LANÇAMENTO: ‘Racismo & Sociedade’ (2ª edição)

Obra nasce com a intenção de revelar e ensinar...
spot_imgspot_img

Quanto custa a dignidade humana de vítimas em casos de racismo?

Quanto custa a dignidade de uma pessoa? E se essa pessoa for uma mulher jovem? E se for uma mulher idosa com 85 anos...

Unicamp abre grupo de trabalho para criar serviço de acolher e tratar sobre denúncias de racismo

A Unicamp abriu um grupo de trabalho que será responsável por criar um serviço para acolher e fazer tratativas institucionais sobre denúncias de racismo. A equipe...

Peraí, meu rei! Antirracismo também tem limite.

Vídeos de um comediante branco que fortalecem o desvalor humano e o achincalhamento da dignidade de pessoas historicamente discriminadas, violentadas e mortas, foram suspensos...
-+=