Universidade diz que atitude provocativa da aluna resultou em reação coletiva de defesa do ambiente escolar
fonte: estadao.com.br
SÃO PAULO – A Universidade Bandeirante informou em anúncio publicado em jornais paulistas neste domingo, 8, que decidiu expulsar a aluna Geisy Arruda de seu quadro discente. A estudante do curso de Turismo sofreu assédio coletivo no último dia 22 de outubro por ir ao campus de São Bernardo do Campo da faculdade com um vestido curto. O episódio ganhou repercussão na internet após vídeos do tumulto serem postados no ‘You Tube’.
No anúncio publicitário, entitulado ‘ A educação se faz com atitude e não com complacência’ a universidade diz que tomou a decisão após uma sindicância interna constatar que a aluna teve uma postura incompatível com o ambiente da universidade, frequentando as dependências da unidade em trajes inadequados. Para a Uniban, Geisy provocou os colegas ao fazer um percurso maior que o habitual, desrespeitando princípios éticos, a dignidade acadêmica e a moralidade.
A universidade afirma ainda que foi constatado que “a atitude provocativa da aluna resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. Ainda assim, o conselho superior declarou na nota que suspendeu temporariamente os alunos envolvidos e identificados no incidente. A Uniban também criticou o comportamento da imprensa na cobertura do caso. Segundo a universidade, a mídia perdeu a oportunidade de contribuir para um debate ‘sério e equilibrado’ sobra ética, juventude e universidade.
Segundo as cenas e os depoimentos de presentes, o tumulto começou quando a aluna subia por uma rampa até o terceiro andar e os alunos começaram a gritar. Ela ficou trancada em uma sala e, com a ajuda de um professor e colegas, chamou a polícia, que a escoltou até a saída da universidade.
De acordo com a estudante, em entrevista concedida ao estadao.com.br no último dia 30, o episódio começou “como uma grande brincadeira”. Vestida para uma festa que iria naquele noite, ela conta que no início arrancou muitos elogios com seu visual, mas a situação aos poucos inverteu. No intervalo das aulas, um “verdadeiro coral ridículo de gritos de puta” a acompanhou até que deixasse o prédio.
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