A mortalidade infantil no Brasil caiu 77% entre 1990 e 2012, de acordo com o Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo o estudo, em 1990, a taxa de mortalidade infantil no Brasil era 62 para cada mil nascidos vivos. Em 2012, o número caiu para 14, o que coloca o país em 120º lugar no ranking entre mais de 190 países. A lista é decrescente e quanto mais à frente, maior o índice de mortalidade.
A taxa de mortalidade infantil calcula a probabilidade de morte entre o nascimento e os 5 anos de idade a cada mil nascimentos. Ela compõe a expectativa de vida ao nascer, que faz parte do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e é um dos indicativos mais usados para mensurar o desenvolvimento dos países e nortear a elaboração de políticas púbicas.
O Brasil teve melhora em todos os índices apurados. No ranking do Unicef, o país está atrás de outros desenvolvidos como Finlândia, Japão, Cingapura, Noruega e Islândia – primeira colocada no ranking. Os cinco países com os piores índices de mortalidade infantil estão no continente: Serra Leoa, Angola, Chade, Somália e Congo.
Em nível global
No planeta, a mortalidade infantil caiu para quase a metade desde 1990, embora 18 mil crianças de menos de cinco anos continuem morrendo a cada dia, segundo um relatório da ONU divulgado nesta sexta-feira.
Entre 1990 e 2012, o número de mortes de crianças passou de 12,6 a 6,6 milhões em todo o mundo, ou seja, uma queda de 47,8%, indica este estudo realizado com a colaboração da Unicef, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial.
Segundo o documento, esta tendência aponta os ‘progressos substanciais’ que ocorreram para reduzir em dois terços a mortalidade infantil antes de 2015, um dos oito Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento estabelecidos pela comunidade internacional em 2000.
Mas o ritmo não será suficiente para alcançar este objetivo nos prazos fixados devido à persistência do flagelo, sobretudo na África Subsaariana e na Oceania, preveem os quatro organismos internacionais.
Quase 6,6 milhões de crianças ainda morrem a cada ano antes de completarem os cinco anos, principalmente por doenças evitáveis e curáveis e apesar do conhecimento e dos tratamentos disponíveis, escrevem os autores do relatório.
A pneumonia constitui a principal causa de mortalidade infantil (17% dos casos), seguida pelas complicações vinculadas aos nascimentos prematuros (15%), às associadas ao parto (10%) e às diarreias (9%). Em geral, 45% das mortes antes dos cinco anos se devem à desnutrição, segundo o relatório.
A metade das mortes de crianças se concentram em cinco países (Índia, República Democrática do Congo, Nigéria, Paquistão e China).
A África Subsaariana continua sendo a região do planeta que registrou menos avanços na redução da mortalidade neonatal (no primeiro mês de vida), destaca o documento.
O relatório também insiste na persistência de grandes desigualdades entre países do Norte e do Sul. Em 2012, a taxa de mortalidade infantil nos países de baixa renda era de 82/1000, ou seja, treze vezes mais alta que nos países ricos.
Fonte: Correio do Brasil