Universidades Federais cogitam plano B se Enem fracassar

Fonte: Folha de São Paulo-

Reitores de universidades federais já discutem a possibilidade de um plano B caso o Enem, remarcado para dezembro, não dê certo.

Segundo a Folha apurou, a preocupação maior da Andifes (associação dos dirigentes das universidades federais) são as 14 federais que adotaram o Enem integralmente em substituição ao vestibular próprio.

 

Em conversa com o ministro Fernando Haddad (Educação), a associação pediu “atenção especial” a essas instituições –há outras 31 federais que usarão de algum modo o Enem. O principal temor da Andifes é que, se algo der errado, as federais que usam só o Enem fiquem sem possibilidade de fazer processo seletivo próprio.

 

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Ao menos uma universidade conduziu discussões nesse sentido -a Ufla (federal de Lavras, em Minas Gerais). Com conceito 5 –o mais alto– no IGC (avaliação de universidades feita pelo Ministério da Educação), a federal teme “correr riscos” se o Enem naufragar.

 

“Claro que a gente imagina que tudo dará certo. A posição da universidade é manter ainda o sistema unificado. Mas, se houver problema [no Enem], precisamos ter opção. Temos que prever uma situação alternativa”, disse ontem João Chrysostomo, pró-reitor de graduação da Ufla.

 

Entre as possibilidades, disse Chrysostomo, está fazer um vestibular convencional, como em anos anteriores. Mas ele ressalvou que eventuais alterações serão submetidas antes ao Ministério da Educação. Haverá uma reunião na semana que vem com o MEC, de acordo com a universidade, em que o tema será abordado.

 

“Vamos articular em conversação com o MEC que precisamos de alguma saída caso ocorra um problema. Mas não faremos isso de maneira isolada.” A Ufla planeja oferecer 1.280 vagas em 2010 pelo Enem, 480 delas no primeiro semestre.

 

Alternativa

Também com seleção 100% feita pelo Enem, a federal rural de Pernambuco tem opinião semelhante. “Estamos trabalhando com a possibilidade de que nada mais vai dar errado. Mas é lógico que, se alguma coisa der errado, teremos que pensar em uma alternativa, em um processo seletivo próprio”, diz Maria José de Sena, pró-reitora de ensino e graduação. “As universidades têm capacidade de fazer isso, caso necessário.”

 

A Folha falou com outras sete federais que aderiram integralmente ao sistema único. Elas disseram que não consideraram a possibilidade de fazer seu processo seletivo sem o Enem. A reportagem não conseguiu falar com os representantes das demais universidades federais.

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