A publicação lamentou “a fragilidade a que se submete, em período eleitoral, o preceito constitucional da liberdade de expressão”
RIO – Conforme determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a revista “Veja” publicou em seu site neste domingo um texto referente ao direito de resposta concedido à campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) e referente à última capa do semanário. A reportagem informa que, em depoimento à Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef disse que Dilma e seu antecessor no cargo, Luiz Inácio Lula da Silva, sabiam do esquema de desvio de dinheiro público na Petrobras.
No texto, a campanha petista acusa a revista de “às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas” tentar influenciar o processo eleitoral “por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata”. E ressalta que o texto “repete o método adotado no primeiro turno, igualmente condenado pelos sete ministros do TSE”. Ainda segundo o PT, o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade do relato publicado no semanário.
“Todos os depoimentos prestados por Youssef foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor”, defende.
A “Veja”, por sua vez, também publicou um texto em que lamenta a fragilidade da liberdade de expressão durante o período eleitoral “ao se permitir que, ao cabo de poucas horas, de modo monocrático, um ministro decida merecerem respostas informações jornalísticas que, em outras circunstâncias, seriam simplesmente verdades inconvenientes”. A revista ressalta ainda que o direito de resposta “é resultado de uma decisão individual de Admar Gonzaga, ex-advogado da campanha de Dilma Rousseff em 2010 e hoje ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nomeado por Dilma Rousseff”.
O plenário do TSE ainda decidirá se a campanha petista terá o direito de resposta na próxima edição impressa de “Veja”.
Leia a íntegra do direito de resposta:
VEJA veicula a resposta conferida à Dilma Rousseff, para o fim de serem reparadas as informações publicadas na edição nº 2397 – ano 47 – nº 44 – de 29 de outubro de 2014.
A democracia brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata.
A Coligação “Com a Força do Povo” vem a público condenar essa atitude e reiterar que o texto repete o método adotado no primeiro turno, igualmente condenado pelos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por terem sido apresentadas acusações sem provas.
A publicação faz referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes. Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor.