A Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE) está providenciando, nesta sexta-feira, 9, um documento que reúne evidências de que a internauta identificada como Sophia Fernandes, 18, postou mensagens com caráter xenofóbico na rede social Twitter. O levantamento será encaminhado ao Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, estado de origem da garota.
A intenção da OAB-CE é entrar com uma notícia-crime, para que a jovem, de 18 anos, responda judicialmente pela prática de racismo. De acordo com a assessora jurídica da OAB-CE, Patrícia Sena, o mesmo documento será encaminhado à Polícia Federal do Ceará, que deverá acionar a mesma instância no Rio Grande do Sul já na próxima segunda-feira, 12.
“Quando encerrado o processo, a pena máxima que a Sophia poderá receber é a reclusão de cinco anos e multa. Mas, na maioria dos casos, o que ocorre, no máximo, é uma pena de prestação de serviço à comunidade”, explicou Patrícia ao O POVO Online.
Entenda o caso
Um novo caso de xenofobia, no Twitter, tem ganhado repercussão nas redes sociais. A jovem que se identifica como Sophia Fernandes, de 18 anos, tem proferido ofensas contra nordestinos desde a quarta-feira, 7.
De acordo com as postagens do perfil @SophiaofDreams, as ofensas começaram quando a suposta garota comentou o uso constante da hashtag #insultopiauiense: “#insultopiauiense insulto é essas merdas existirem, falo mesmo…”. Após o comentário, diversos usuários da rede começaram a criticar a posição da garota, que revidava com insultos e ofensas a quem manifestava repúdio à sua opinião.
Os usuários do Twitter têm denunciado as postagens aos perfis de representantes da Ordem dos Advogados (OAB) de estados como Ceará e Piauí.
Até o momento, não há confirmação da veracidade do perfil. Os perfis da suposta jovem nas redes sociais não informam dados concretos sobre ela. Há suspeitas de que o perfil do Twitter tenha sido roubado.
Além das ofensas aos nordestinos, o perfil também faz comentários preconceituosos a estados do Norte, como Acre, e a pessoas de ascendência japonesa.
Caso repetido
Em junho desse ano, a estudante de Direito Mayara Petruso foi acusada de racismo pela OAB-PE, após comentários no Twitter.
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Fonte: O Povo