O Centro Cultural Orùnmilá foi criado em Ribeirão Preto, em 1994, a partir da compreensão da necessidade da preservação e promoção da cultura negra e criação de um instrumento de combate ao racismo e valorização das populações afro-periféricas. O Centro Cultural celebra a imortalidade de Zumbi há 21 anos. E, mais uma vez celebrará o Dia Nacional da Consciência Negra, com o final de semana completo de programações, sexta – 18.11 – Oficina de Maracatu Baque Mulher com a Mestra Joana Cavalcanti às 19h no Centro Cultural Orùnmilá, Sábado – 19.11 – apresentação Baque Mulher em frente a esplanada do Teatro Pedro II às 10h, domingo – 20.11 – a partir das 15hs terá a Grande Celebração no espaço do Centro Cultural Orùnmilá com: Capoeira, Afoxé, Maracatu, Samba, Reggae, Rap, Dj’s, Sarau e muito mais.
A partir da segunda metade do século XIX teve início no Brasil uma política nacional de “branqueamento”, cujo objetivo era construir uma nação de descendência européia, considerada a “ideal” e sinônimo único de civilização e desenvolvimento. Essa mesma política determinou também a formação de um panteão cívico e de datas nacionais, destacando heróis e eventos históricos que não incluem os afro-descendentes e os indígenas, considerados inadequados ao perfil de país que se pretendia. Grandes assassinos de negros e indígenas, como os bandeirantes, por exemplo, foram incluídos, e hoje constituem nomes de escolas, praças públicas, ruas, avenidas e rodovias, já que seus “crimes” eram consoantes ao projeto de formar um país de brancos, não somente nas características físicas, mas também em seu perfil histórico, político e ideológico.
Zumbi dos Palmares e muitos outros heróis negros que lutaram e morreram pela liberdade, por igualdade de direitos e por um Brasil sem racismo, ficaram e ficam ignorados, pois suas lutas sempre foram contrárias aos interesses das elites nacionais, primeiro para destruir o escravismo criminoso que construiu suas riquezas, palácios e templos; e, depois contra a política e economia pós-abolição, estruturadas utilizando o racismo como instrumento de exploração e dominação dos afro-brasileiros.
A recuperação da história de Zumbi é uma ação revolucionária, que contradiz a “invenção racista” de um Brasil de brancos e a cotidiana reafirmação desta branquitude nos conteúdos, práticas e imagens reproduzidas na mídia nacional (novelas e outros), na educação formal e em todas as relações sociais.
*Atividades gratuitas*
Link do evento: https://www.facebook.com/events/1854956684735272/
Programação:
18.11 – SEXTA
19h – Oficina de Maracatu Baque Mulher com a Mestra Joana Cavalcante
Local: Centro Cultural Orùnmilá
19.11 – SÁBADO
10h – Apresentação de Maracatu – Baque mulher- Regido pela Mestra Joana Cavalcante
Local: Esplanada do teatro Pedro II
20.11 – DOMINGO
15H – Grande celebração – Festival Ojo Aiku com apresentações artísticas de: Samba, Rap,
Reggae, Maracatu, Afoxé, Sarau, Capoeira e muito mais.
Local: Centro Cultural Orùnmilá