48 escritores representarão o Brasil no Salão do Livro de Paris 2015

Em evento na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a ministra interina da Cultura, Ana Cristina Wanzeler, anunciou nesta terça-feira (9/12) os nomes dos 48 escritores que representarão o Brasil no Salão do Livro de Paris 2015. Na 35ª edição do evento, entre 20 e 23 de março, o Brasil será o país homenageado e contará com espaço de 500 metros quadrados destinados à venda, exposição de livros e palestras com autores. Haverá ainda programação cultural paralela.
“Ao receber seu merecido reconhecimento em eventos de porte como este, a literatura brasileira não só apresenta o Brasil para o mundo como também encontra maior valorização no mercado interno”, avaliou a ministra durante o anúncio.
Os autores escolhidos são Adauto Novaes, Adriana Lisboa, Adriana Lunardi, Affonso Romano de Sant’Anna, Alberto Mussa, Ana Miranda, Ana Paula Maia, Angela Lago, Bernardo Carvalho, Betty Mindlin, Betty Milan, Bosco Brasil, Carola Saavedra, Cristovão Tezza, Daniel Galera, Daniel Munduruku, Davi Kopenawa, Edney Silvestre, Edyr Augusto, Fabio Moon, Fernanda Torres, Fernando Morais, Férrez, João Carrascoza, Leonardo Boff, Lu Menezes, Luiz Ruffato, Marcelino Freire, Marcello Quitanilla, Maria Conceição Evaristo, Marina Colasanti, Michel Laub, Milton Hatoum, Nélida Piñon, Paloma Vidal, Patrícia Melo, Paulo Coelho, Paulo Lins, Ricardo Aleixo, Rodrigo Ciríaco, Roger Mello, Ronaldo Correia de Brito, S. Lobo, Sérgio Rodrigues, Sérgio Roveri e Tatiana Salem Levy.
Além deles, um acordo com a Academia Brasileira de Letras (ABL) permitiu levar mais três imortais para a capital francesa: Ana Maria Machado, Antônio Torres e Nélida Piñon.
A seleção dos autores é resultado da parceria entre o Centro Nacional do Livro francês e do Comitê brasileiro, formado por 24 integrantes, entre titulares e suplentes, com representantes de secretarias e órgãos do Ministério da Cultura (MinC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE); do Conselho Diretivo do Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL); e de entidades representativas do setor, como a Câmara Brasileira do Livro (CBL); União Brasileira de Escritores (UBE); Liga Brasileira de Editoras (LIBRE); Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU); Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Serviço Social do Comércio (SESC-SP).
As escolhas obedeceram aos seguintes critérios: autores com obras traduzidas para o francês; equilíbrio na seleção (incluindo autores novos e consagrados); abrangência de diversos gêneros literários; diversidade editorial; oportunidade igual para homens e mulheres e produções com diversidade étnica e cultural de profissionais de várias regiões do país.
Os curadores do evento são a escritora e idealizadora do Fórum das Letras de Ouro Preto, Guiomar de Grammont, que também participou da seleção, e o professor de Literatura na Université Paris-Sorbonne e nomeado Conselheiro Literário junto ao Centre National du Livre para o Salão do Livro de Paris em 2015, Leonardo Tonus.
Para a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, a homenagem no Salão do Livro de Paris não é um fato isolado. O Brasil tem investido cada vez mais na internacionalização da cultura e está sendo reconhecido por outros países.  Ela citou as recentes homenagens recebidas na Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha; na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, Itália, entre outras.
Já o diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba, destacou que o convite para o Brasil ser o país homenageado foi firmado e divulgado na Declaração Conjunta dos presidentes da França e do Brasil, François Hollande e Dilma Rousseff, por ocasião da visita dela à França em 11 de dezembro de 2012.
Os patrocinadores brasileiros são a empresa Ticket e a seguradora Caixa Seguros. O evento tem apoio também do Centre National du Livre e do Institut Français.

Perfis

Adauto Novaes (Categoria Ciências Humanas)

Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Ciências Humanas por duas vezes, Adauto Novaes atuou durante 20 anos como diretor do Centro de Estudos e Pesquisas da Fundação Nacional de Artes do Ministério da Cultura. Jornalista, professor e filósofo, Novaes nasceu em 1938, em Caetanópolis (MG).  Fundou a empresa de produção cultural Artepensamento em 2000.
Organizou uma série de conferências que depois foram transformadas em livros de ensaios, como “Os Sentidos da Paixão”, “O Olhar”, “O Desejo”, “Ética”, além de “Oito Visões da América Latina”; “Ensaios sobre o Medo”; “O Esquecimento da Política”; “Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo”, entre outros.
Novaes teve dois livros traduzidos para o francês – “Les Aventures de la Raison Politique” e “L’autre Rive de l’Occident”. Foi nomeado Chevalier des Arts et Lettres pelo Ministério da Cultura da França, em 2004. Foi indicado duas vezes para o Prêmio Estadão de Cultura e ganhador do prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo.

Adriana Lisboa (Categoria Ficção/ Infanto-Juvenil)

Nascida no Rio de Janeiro, em 1970, estudou música e literatura. Adriana viveu na França, Japão e Estados Unidos. Escreveu romances, poemas, contos e histórias infantis, traduzidos para inglês, francês, espanhol, alemão, árabe, italiano, sueco, romeno e sérvio. Suas obras já foram publicadas em mais de 15 países.
Com o romance “Sinfonia em Branco”, ela ganhou o Prêmio José Saramago, em Portugal.  Pelo conjunto de seus romances, recebeu o Prêmio Moinho Santista, no Brasil, e o prêmio de autor revelação da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) por “Língua de Trapos”. Também conquistou bolsas de criação e tradução da Fundação Biblioteca Nacional (Brasil), do Centre National du Livre (França) e da Fundação Japão. Suas obras publicadas na França são “Bleu Corbeau” e “Des Roses Rouge Vif” pela editora Métailié.

Adriana Lunardi (Categoria Ficção)

A romancista, contista e roteirista de televisão Adriana Lunardi nasceu em Xaxim (SC), em 1964.  Com seu livro de estreia, “As Meninas da Torre Helsinque”, recebeu os prêmios Fumproarte e Troféu Açorianos (1997) em duas categorias: melhor livro de contos e autor estreante.
Seu primeiro romance, “Corpo estranho” (2006), foi finalista do prêmio Zaffari/Bourbon e será lançado na França em 2015 pelas Éditions Joëlle Losfeld.  Os livros mais recentes da autora são “A Vendedora de Fósforos” (romance, 2011, finalista do Prêmio São Paulo) e “A Longa Estrada dos Ossos” (juvenil, 2014).
Em 2002, lançou “Vésperas”, livro de contos agraciado com a bolsa para escritores da Fundação Biblioteca Nacional e indicado ao prêmio Jabuti.  A obra foi publicada na França, Argentina, Portugal e Croácia. Em 2014, recebeu o prêmio Icatu de Artes.
“Corpo Estranho” deverá vai ser lançado em 2015 na França pela Éditions Joëlle Losfeld.

Affonso Romano de Sant’Anna (Categoria Ensaio)

Nascido em Belo Horizonte (MG), em 1937, Affonso formou-se em Letras e concluiu seu doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Lecionou na Universidade de Los Angeles (UCLA) e participou do Programa Internacional de Escritores da Universidade de Iowa, em 1968, nos Estados Unidos.
Foi diretor do Departamento de Letras e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde realizou uma série de encontros nacionais de literatura. Também ministrou cursos em outras universidades na Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Portugal e França.
 Foi cronista nos jornais O Globo e Jornal do Brasil. Atualmente, escreve para os jornais O Estado de Minas e Correio Braziliense. Entre os prêmios recebidos estão Pen-Club; o da União Brasileira de Escritores; do Estado da Guanabara; Mário de Andrade do Instituto Nacional do Livro e do Governo do Distrito Federal.
Das suas obras foram publicadas em francês: “L’Enigme Vide- impasses de l’Art e de la Critique”; “Anthologie de la Nouvelle Poèsie Brèsilienne” e “Affonso Romano de Sant’ Anna & Carlos Nejar: deux poètes brésiliens contemporains”.

Alberto Mussa (Categoria Ficção)

Alberto Mussa nasceu no Rio de Janeiro em 1961.  Suas obras já foram publicadas em 10 países e traduzidas para sete idiomas (inglês, francês, espanhol, italiano, turco, árabe e romeno). Ganhou os prêmios Casa de las Américas, Machado de Assis, Fundação Biblioteca Nacional e da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
Entre suas obras figuram “Elegbara” – livro de contos – e os romances “O Trono da Rainha Jinga”, “O Enigma de Qaf”, “O Movimento Pendular” e “O Senhor do Lado Esquerdo”. Em “Meu Destino é ser Onça”, recriou a mitologia dos tupinambás.  Foi coautor do ensaio “Samba de Enredo: História e Arte”.
Seus livros publicados na França são “L’Énigme de Qaf”(2010); “Le Mouvement Pendulaire”(2011) e “L’homme du Côté Gauche”, com lançamento previsto para 2015.

Ana Miranda (Categoria Ficção)

Nascida em Fortaleza (CE), em 1951, Ana Miranda morou em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Depois, voltou a sua terra natal. Sua obra, de mais de 20 livros, foi publicada em cerca de 20 países. Seu romance de estreia, Boca do Inferno, ganhou o prêmio Jabuti de revelação e foi traduzido para diversas línguas, entre elas o francês. Recebeu vários prêmios, como o Jabuti e o da Academia Brasileira de Letras.
Ana Miranda escreve ensaios, resenhas e roteiros. Foi escritora visitante nas universidades Stanford e Yale, nos Estados Unidos, e representou o Brasil na União Latina, em Roma, na Itália.
Entre seus principais romances estão “A Última Quimera”; “Amrik”; “Dias & Dias”; “Yuxin”; “Semíramis” e “Desmundo”, o qual teve adaptação para o cinema pelo francês Alain Fresnot.

Ana Paula Maia (Categoria Ficção)

Açougueiros, carvoeiros e lixeiros em cenários rústicos e sujos – assim são os tipos embrutecidos presentes nas ficções da escritora e roteirista Ana Paula Maia.
Nascida no Rio de Janeiro, em 1977, Ana Paula é autora dos romances “O Habitante das Falhas Subterrâneas”, “A Guerra dos Bastardos” e da trilogia “A Saga dos Brutos”, composta por “Carvão Animal”, “Entre Rinhas de Cachorros e Porcos Abatidos” e “O Trabalho Sujo dos Outros”. Suas obras “Carvão Animal” e “De Gados e Homens” já foram publicadas na França.
A escritora tem contos publicados em antologias, como “25 Mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira” e “Sex´n´Bossa”, sendo alguns deles traduzidos para alemão, croata, espanhol, inglês e italiano. Atualmente, ela publica folhetins na internet, o mais recente sob o título de “Desalma”.

Angela Lago (Categorias Ilustração e Infanto-Juvenil)

Escritora e ilustradora, nascida em Belo Horizonte, em 1945, Angela Lago dedicou a maior parte de sua obra às crianças. Já publicou mais de 40 livros no Brasil e no exterior e ilustrou mais de 15 títulos de outros autores.
Formada em Serviço Social, morou na Venezuela e na Escócia. De volta ao Brasil, em meados dos anos 1970, passou a trabalhar com publicações. Ganhou prêmios como o Jabuti e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), além de internacionais, como “Premio Iberoamericano de Ilustración” (Espanha), “BIB Plaque” (Eslováquia) e “Octogone de Fonte” (França), com o livro “Cântico dos Cânticos”.
Incluído em uma coletânea da Abrams Press, a obra “Cena de Rua” foi selecionada entre os 15 melhores livros de imagens do mundo. Na França, ele foi lançado com o título “Le Petit Marchand de Rue”, pela editora Rue de Monde. Ainda em terreno francês, publicou “O Cântico dos Cânticos” e ilustrou, para a editora Seuil Jeunesse, o livro “La Maison des Mots”, de Rachel Uziel.

Bernardo Carvalho (Categoria Ficção/Dramaturgia)

Bernardo Carvalho nasceu em 1960, no Rio de Janeiro. Formou-se em Jornalismo pela Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e atua como contista, jornalista, romancista, e tradutor. Foi correspondente do jornal Folha de S. Paulo na França e nos Estados Unidos, colunista da editoria “Ilustrada” entre 1998 e 2008 e editou o suplemento “Folhetim” do mesmo jornal.
Entre seus livros, “Nove Noites” foi traduzido em mais de 20 países. Apenas na França, teve traduzidas as seguintes obras: “Aberração” (Aberration, Rivages); “Os Bêbados e os Sonâmbulos” (Les Ivrognes et les Somnambules, Rivages); “As Iniciais” (Les Initiales, Rivages, 2002); “Mongolia” (Mongolia, Métailié);  “O Sol se Põe em São Paulo” (Le Soleil se Couche à Sao Paulo), “O Filho da Mãe” (Ta Mère, Métailié) e a peça “Dire ce qu’uon ne Pense pas dans de Langues qu’onne Parle pas”.
Ganhou o Jabuti com os romances “Mongólia” (em 2004) e “Reprodução” (em 2014); o Portugal Telecom de Literatura, com “Nove noites”, e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), com “Mongólia”.

Betty Milan (Categoria Ficção)

A psicanalista e escritora paulista Betty Milan, 70 anos, formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Com especialização em Psiquiatria, seguiu seus estudos na França após o doutorado.  A vivência entre os dois países –  Brasil e França – virou tema de livros como “Paris Nunca Acaba” (1996); “Quando Paris Cintila” (2008) e “Consolação” (2009).
Escreveu romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Suas colunas de consultas no jornal Folha de S. Paulo e na revista Veja foram reunidas nos volumes “Fale com Ela” (2007) e “Quem Ama Escuta” (2011).
Trabalhou para o Parlamento Internacional dos Escritores, sediado em Estrasburgo, na França. Foi convidada de honra do Salão do Livro de Paris, cujo país homenageado era o Brasil, em março de 1998.
Para o francês, foram traduzidas suas obras “Paris ne Finit Jamais” (Paris Nunca Acaba);  “Le Perroquet et le Docteur” ( O Papagaio e o Doutor); “Brésil, le Pays du Ballon Rond” (O País da Bola); “Dans les Coulisses du Carnaval” (Os Bastidores do Carnaval).

Betty Mindlin (Categoria Ciências Humanas)

Antropóloga e economista, Betty Mindlin, filha dos bibliófilos José e Guita Mindlin, nasceu em São Paulo.
Fruto da sua longa trajetória de estudos sobre questões indígenas, publicou “Moqueca de Maridos”, em 1997 – traduzido para várias línguas, entre as quais o francês, em 2005, pela Métailié, como “Fricassée de Maris”.  Pela obra recebeu, em 1998, o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), na categoria “Contos”.
Publicou sete livros de mitos em coautoria com narradores indígenas. Em 2002, foi agraciada com a medalha de comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, do Ministério da Ciência e Tecnologia.
O conjunto das anotações das primeiras viagens aos índios Suruí Paiter de Rondônia, entre 1979 e 1983, resultou no livro “Diários da Floresta”, traduzido para o francês como “Carnets Sauvages”.

Bosco Brasil (Categoria Dramaturgia)

Nascido em 1960, em São Paulo, Bosco Brasil é autor de teatro, novelas e roteiros para o cinema. Conquistou os prêmios Moliére e Shell em 1994 com a peça “Budro”, em sua estreia. Seu texto mais conhecido e encenado, “Novas Diretrizes em Tempos de Paz”, ganhou o prêmio Shell e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) de 2001, além de adaptação para o cinema com direção de Daniel Filho.
Seus textos “Cheiro de Chuva” (Odeur de Pluie) e “Novas Diretrizes em Tempos de Paz” (Nouvelles Directives en Temps de Paix) foram publicados em francês, bem como o texto teatral “Descente”.

Carola Saavedra (Categoria Ficção)

Carola Saavedra nasceu em Santiago, no Chile, em 1973, e mudou-se para o Brasil aos três anos de idade. Morou na Espanha, na França e na Alemanha, onde concluiu um mestrado em Comunicação. Está entre os 20 melhores jovens escritores brasileiros escolhidos pela revista Granta.
É autora dos romances “Toda Terça” (2007), “Flores Azuis” (2008), “Paisagem com Dromedário” (2010), que lhe deu o Prêmio Rachel de Queiroz na categoria jovem autor, e “O Inventário das Coisas Ausentes” (2014). Tem um livro publicado na França: “Paysage avec Dromadaire”.
Suas obras também estão sendo traduzidas para alemão, espanhol e inglês.

Cristóvão Tezza (Categoria Ficção)

Cristóvão Tezza nasceu em Lages (SC), em 1952, e publicou suas primeiras obras entre 1979 e 1981, mas foi apenas em 1985, quando publicou “Trapo”, que seu nome passou a ser conhecido nacionalmente. Seu livro mais conhecido é “O Filho Eterno” (2007), vencedor dos prêmios Jabuti, Portugal Telecom, São Paulo de Literatura e da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), entre outros.
Autor de 15 livros de ficção, ele teve várias obras traduzidas em mais de 10 países. Foi professor de Língua Portuguesa na Universidade Federal do Paraná (UFPR) de 1986 até 2009, de onde saiu para dedicar-se com exclusividade à literatura. Um de seus livros, “Le Fils du Printemps”, foi traduzido para o francês.
O escritor também participou da coletânea de contos “Le Football au Brésil”. Seu conto “Beatriz e a Velha Senhora” sairá como parte de uma antologia que será publicada em 2015.

Daniel Galera (Categoria Ficção)

Daniel Galera nasceu em São Paulo (SP), em 1979, e publicou contos e textos diversos na internet de 1996 a 2001, com destaque para sua participação como colunista do mailzine Cardosonline (COL). Lançou seus dois primeiros livros – “Dentes Guardados” e “Até o Dia em que o Cão Morreu” pelo selo independente Livros do Mal, criado pelo próprio autor. Além de escrever prosa de ficção, Daniel traduz textos de autores de língua inglesa e publica resenhas, ensaios e reportagens.
Seus livros mais conhecidos são “Mãos de Cavalo” (2006), “Cordilheira” (2008 – que recebeu o Prêmio Machado de Assis) e “Barba Ensopada de Sangue” (2012).
Suas obras foram traduzidas em mais de 10 países. Em francês, há “Paluche”, a história em quadrinhos “Cachalot” e “Barba Ensopada de Sangue”, com previsão de lançamento no início de 2015, ainda sem título em francês.

Daniel Munduruku (Categoria Infanto-Juvenil)

Nasceu em Belém (PA) em 1964. Índio da etnia Munduruku, publicou 45 livros. Formou-se em Filosofia. Tem licenciatura em História e Psicologia. É doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor em Literatura pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Recebeu numerosos prêmios no Brasil e no exterior.  Entre eles, estão o Prêmio Jabuti, o da Academia Brasileira de Letras, o Érico Vanucci Mendes (CNPq) e o Prêmio Tolerância (Unesco).
Tem livros traduzidos para coreano, espanhol, inglês e italiano. Também é diretor-presidente do Instituto UKA (Casa de Saberes Ancestrais) e membro fundador da Academia de Letras de Lorena.

Davi Kopenawa (Categoria Ciências Humanas)

Davi Kopenawa, nascido na década de 1950, no Estado do Amazonas, é hoje um dos mais influentes pajés da sua aldeia e está à frente da Hutukara Associação Yanomami (HAY).
“A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami” é um livro escrito a partir das palavras de um índio Yanomami. Porta-voz do seu povo, Kopenawa descreve a cultura, a história e os modos de vida dessa tribo da Floresta Amazônica. E, não à toa, o livro é um pedido de respeito e de proteção da Amazônia. A obra aborda o contato predador dos brancos com o qual seu povo foi obrigado a se defrontar a partir da década de 1960.
O livro, escrito com a colaboração do antropólogo francês Bruce Albert, está disponível em francês e inglês.

Edney Silvestre (Categoria Ficção)

O jornalista e escritor Edney Célio Oliveira Silvestre, nascido em Valença (RJ) em 1950, estreou na ficção com o livro “Se eu Fechar os Olhos Agora”. A obra ganhou o prêmio Jabuti em 2010 e o prêmio São Paulo 2010 na categoria melhor livro de autor estreante. Também foi lançada em outros países, incluindo a França.
A vasta experiência como jornalista lhe rendeu participações em obras como “As Grandes Entrevistas de O Globo” e “O Livro das Grandes Reportagens” (Globo). Silvestre, repórter da TV Globo e apresentador de um quadro sobre literatura na Globo News, também é autor de “Dias de Cachorro Louco”, “Outros Tempos”, ambos de crônicas, e “Contestadores”.
Suas obras publicadas na França são “Si Je Ferme les Yeux” e “Le Bonheur est Facile”. Seu livro mais recente, “Boa Noite a Todos”, foi comparado a obras de Eugene O’Neill e Tennessee Williams.

Edyr Augusto (Categoria Romance Policial)

Nascido em Belém (PA), em 1954, Edyr Augusto Proença é autor de teatro e de jingles, escritor, jornalista, radialista e redator publicitário.
Entre seus trabalhos, há também poesia, a exemplo das obras “Navios dos Cabeludos” (1985); “O Rei do Congo” (1988); “Surfando na Multidão” (1992), “Indêncio nos Cabelis” (1995) e “Ávida Vida” (2011). Em prosa, livros como “Os Éguas”, “Belém” e “Moscow” foram traduzidos e publicados em francês pela editora parisiense Asphalte.
A mesma editora recebeu bolsa do Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no exterior da Fundação Biblioteca Nacional para a tradução também para o francês do romance “Casa de Caba”.
Edyr Augusto trabalha atualmente com o grupo teatral Cuíra, para o qual escreve e dirige espetáculos.

Fabio Moon (Categoria Quadrinhos)

O paulista Fábio Moon, nascido em 1976, é um dos quadrinistas mais premiados da atualidade.
Formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), ele e seu irmão gêmeo, Gabriel Bá, têm trabalhos publicados em 13 idiomas.
Na França, estão disponíveis títulos como “L´aliéniste”  e “Daytripper”.  Em parceria com o irmão, criou diversas histórias em quadrinhos que ganharam prêmios.
“O Alienista”, adaptação do conto de Machado de Assis, publicada em 2007, foi vencedor do prêmio Jabuti. No ano seguinte, os gêmeos foram os primeiros a ganhar  o prêmio Eisner, o principal de quadrinhos nos Estados Unidos, pela “Antologia 5”. Em 2011, eles foram premiados novamente com o Eisner pela minisérie “Daytripper” .
Atualmente, ambos escrevem e desenham tira semanal para o jornal Folha de S. Paulo.

Fernanda Torres (Categoria Ficção)

Nascida no Rio de Janeiro em 1965, a filha dos também atores Fernando Torres e Fernanda Montenegro é atriz, dramaturga e escritora. Estreou como atriz no teatro Tablado em 1978.
Ao longo de sua carreira, participou de dezenas de peças de teatro, séries, telenovelas e filmes. Recebeu prêmios nos festivais de cinema de Cannes, Cuba, Nantes e Gramado.
Começou a atuar na imprensa em colunas no jornal Folha de S.Paulo, nas revistas Veja Rio e em colaborações para a Piauí.  Seus livros publicados são o primeiro romance, “Fim” (2013), e “Sete Anos”, que reúne suas colaborações como cronista em publicações.

Fernando Morais (Categoria Ciências Humanas)

Fernando Morais nasceu em Mariana (MG) em 1946. Jornalista, trabalhou nas redações de Veja, Jornal da Tarde, Folha de S.Paulo, TV Cultura e portal iG. Recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril. Na área política, foi deputado estadual por São Paulo (PMDB) e secretário de Cultura e de Educação do governo paulista.
Seu primeiro sucesso editorial foi “A Ilha”, relato de uma viagem a Cuba. Publicou várias outras biografias e reportagens que venderam mais de dois milhões de cópias no Brasil e em outros países, entre elas “Olga”, “Corações Sujos”, “O Mago”, “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” e “Chatô, o Rei do Brasil”.
Suas obras foram traduzidas para mais de 30 países. Entre as que foram publicadas na França, estão “Le Magicien de Lumière: L’extraordinaire Histoire de l’Écrivain Paulo Coelho” e “Olga”, transformado em filme e indicado para representar o Brasil no Oscar 2005.

Ferréz (Categoria Ficção)

“Um instrumento de resistência contra a exploração capitalista e a desigualdade social.” Assim o romancista, contista e poeta Reginaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Ferréz, define uma de suas principais obras: “Manual Prático do Ódio”, lançado em 2003.
O livro, também traduzido para o francês, relata dezenas de histórias de violência que habitam a periferia das grandes cidades.
Estreou na prosa de ficção, em 2000, com o romance “Capão Pecado”, em referência ao bairro paulistano Capão Redondo. Suas obras foram traduzidas na Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França e Portugal.
Seus textos publicados em francês são “Exclusion et Politique à Sao Paulo”, o romance “Manuel Pratique de la Haine” e contos que fazem parte das coletâneas “Je Suis Favela” e “Je Suis Toujours Favela”.
O autor, nascido em São Paulo em 1975, é atualmente fundador do selo Literatura Marginal e da 1DASUL, marca de roupas produzidas no Capão Redondo, e também atua na ONG Interferência. Além disso, é conselheiro editorial do Le Monde Diplomatique Brasil e tem um blog sobre militância e cultura de periferia.
Seus mais recentes livros publicados são “Deus foi Almoçar” e o infantil “O Pote Mágico”, pela Editora Planeta, em 2012.

João Anzanello Carrascoza (Categoria Ficção)

O escritor, redator de propaganda e professor universitário João Anzanello Carrascoza, nascido em Cravinhos (SP), em 1962, acumula diversos títulos em seu currículo. É mestre e doutor pela Escola de Artes da Universidade São Paulo (USP), onde leciona.
Entre os mais de 20 livros publicados de contos e romances, destacam-se os prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o Jabuti, o Guimarães Rosa – Radio France Internationale e os da Fundação Biblioteca Nacional e Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).
O paulista começou a escrever em 1991, com o livro infanto-juvenil “As Flores do Lado de Baixo”. Dos contos “Hotel Solidão”, “O Vaso Azul”, “Duas tardes”, “Meu amigo João” e “Dias Raros”, selecionou as histórias que compõem “O Volume do Silêncio”.
Algumas de suas obras, como “Aquela Água Toda”, “Aos 7 e aos 40” e os contos “Perda” e “No morro”, foram traduzidas para o francês. Alguns trabalhos tiveram tradução para croata, espanhol, inglês, italiano e sueco.

Leonardo Boff (Categoria Teologia/Ciências Humanas)

O teólogo, escritor, filósofo e professor universitário de 76 anos Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina. Escreveu mais de 80 livros nas áreas de Teologia, Ecologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística.
As obras do brasileiro ganharam o mundo e foram traduzidas para francês, espanhol, inglês, alemão e italiano. Só na França, há pelo menos 10 títulos seus publicados, como “Trinité et Société”, “Je vous Salue Marie”,  “La Nouvelle Évangélisation – dans la Perspective des Opprimés”; “Le Notre Père – Une Prière de Libération Intégrale”; “Qu’est-ce que la Théologie de la Libération?”; “Francois d’Assise, Force et Tendresse – Une Lecture à Partir des Pauvres”; “Chemin de Croix de la Justice”; “Jésus-Christ Libérateur”; “La Terre en Devenir” e “Eglise: Charisme et Pouvoir”.
Além disso, Boff acumula no currículo diversos títulos e prêmios, a exemplo do Right Livelihood Award, o “Nobel alternativo”, recebido em 2001 em Estocolmo; e o título de doutor honoris causa em Política pela Universidade de Turim, na Itália, e em Teologia, pela Universidade de Lund, na Suécia.
Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis (RJ), no Instituto Teológico Franciscano. Também lecionou em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior. É membro e corredator da Iniciativa Internacional da Carta da Terra e da Declaração Universal do Bem Comum da Terra e da Humanidade.

Lu Menezes (Categoria Poesia)

Lu Menezes nasceu em São Luís, no Maranhão, em 1948, mas cresceu entre Brasília e Rio de Janeiro. Foi nessas cidades que investiu na carreira e formação acadêmica. Cursou Sociologia na Universidade de Brasília (UnB) e fez doutorado em Literatura Comparada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), com tese sobre a cor em João Cabral e Wallace Stevens.
Menezes vive hoje no Rio de Janeiro e é autora dos livros “O Amor é tão Esguio”, “Abre-te, Rosebud!”, “Onde o céu descasca” e “Francisco Alvim por Lu Menezes”.
Além disso, participou das coletâneas “Esses poetas, uma antologia dos anos 90”, “Os 100 melhores poemas brasileiros do século”, “Otra línea de fuego; Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas” e “Roteiro da poesia brasileira anos 80”, além da antologia “La Poésie Bresiliénne Aujourd´hui”, compilação com 16 autores.

Luiz Ruffato (Categoria Ficção)

Luiz Ruffato nasceu em Cataguases (MG) em 1961. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), lançou sua primeira obra em 1998 – o livro de contos “Histórias de Remorsos e Rancores”. Foi escritor-residente na Universidade de Berkeley (EUA).
Sua obra mais conhecida é o romance “Eles eram Muitos Cavalos”, traduzido para o francês em 2005 com o título “Tant et Tant de Chevaux”. Outras obras do autor lançadas na França são “Des Gens Heureux” (2007) e “Le Monde Ennemi” (2010).
Recebeu os prêmios Machado de Assis, Jabuti, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e Casa de las Americas.

Marcelino Freire (Categoria Ficção)

Marcelino Freire nasceu em Sertânia (PE) em 1967. É autor, entre outros, dos livros de contos “Angu de Sangue” e “Contos Negreiros” (vencedor do Prêmio Jabuti em 2006) e do romance “Nossos Ossos”.
Alguns de seus contos tiveram adaptação para o teatro. Também idealizou e organizou a antologia de microcontos “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século”.
Além de escritor, Marcelino Freire é reconhecido como importante agitador cultural. Criou a Balada Literária, em 2006, em São Paulo – evento que reúne escritores nacionais e internacionais.
Seus textos publicados em francês estão em “Nos Os” e nas antologias “Je Suis Favela” e “Je Suis Toujours Favela”.

Marcello Quintanilha (Categoria Quadrinhos)

Nascido em Niterói (RJ) e radicado em Barcelona, Marcello Quintanilha, 41 anos, teve sua primeira história em quadrinhos publicada em 1988. Desde então, colaborou com revistas como General e Heavy Metal, além dos jornais espanhóis La Vanguardia e El País.
Quintanilha é autor de diversos livros que retratam o cotidiano brasileiro em crônicas visuais. Ao longo de mais de 20 anos de carreira, ganhou alguns dos principais prêmios de quadrinhos nacionais, como HQ Mix e Bienal de Quadrinhos e teve obras publicadas na Europa, como a série “Sept Balles pour Oxford”, na França .

Maria da Conceição Evaristo Brito (Categoria Ficção)

A escritora Maria da Conceição Evaristo Brito nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1946, e sua produção ganhou o cenário nacional e internacional. Formada em Português-Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a poetisa e romancista atua nas áreas de Literatura e Educação, com ênfase em temas de gênero e etnia.
Parte de sua produção poética aparece em “Cadernos Negros”, publicação do Grupo Quilombhoje, de São Paulo. Também é autora dos romances “Ponciá Vicêncio” e “Becos da Memória”; da antologia poética “Poemas da recordação e outros movimentos” e da antologia de contos “Insubmissas Lágrimas de Mulheres”. O romance “Ponciá Vivêncio”, indicado como obra de leitura para alguns vestibulares, foi traduzido para o inglês e o francês.

Marina Colasanti (Categoria Ficção/ Infanto-Juvenil)

Nasceu na colônia italiana de Asmara, em Eritréia, na África. Tradutora de importantes autores italianos para o português e com formação em Belas Artes, Marina escreveu mais de 50 livros, entre contos, romances, literatura infanto-juvenil e outros.
Trabalhou como jornalista durante 11 anos no Jornal do Brasil e em revistas femininas por 18 anos.
Recebeu prêmios, entre eles O Melhor para o Jovem, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), e o Jabuti.
Seu Livro “Uma Ideia Toda Azul” foi lançado na França como “Une Idée Couleur d´azur”, em 1990, pela editora L´Harmattan.

Michel Laub (Categoria Ficção)

Nasceu em Porto Alegre (RS) em 1973. É escritor e jornalista. Publicou seis romances no Brasil e em mais 12 países, em nove idiomas.
Ganhou os prêmios: Bienal de Brasília (2012); Bravo!Prime (2011); Copa de Literatura Brasileira (2013); Érico Veríssimo (2001) e Jabuti (2º lugar, 2014). Foi finalista dos prêmios Wingate (Inglaterra, 2014); Correntes de Escrita (Portugal, 2014); São Paulo de Literatura (2012 e 2014), Portugal Telecom (2005, 2007 e 2012) e Zaffari/Bourbon (2005 e 2011).
Seu livro “Diário da Queda” teve os direitos vendidos para 11 países. Foi editor-chefe da revista Bravo! e coordenador de publicações e internet do Instituto Moreira Salles. Hoje, é colunista da Folha de S. Paulo. Na França, publicou “Journal de La Chute” e teve o livro “Diário da Queda” lançado pela Buchet Chastel, que recebeu o prêmio de melhor livro latino do ano pela revista Transfuge. Michel também recebeu da revista inglesa Granta a inclusão na edição com Os Melhores Jovens Escritores Brasileiros.

Milton Hatoum (Categoria Ficção)

Nasceu em Manaus (AM) em 1952. Além de escritor, é tradutor e professor. Ensinou Literatura na Universidade Federal do Amazonas e em Berkeley (EUA), na Universidade da Califórnia. Escreveu quatro romances: “Relato de um Certo Oriente”, “Dois Irmãos”, “Cinzas do Norte” e “Órfãos do Eldorado”. Os três primeiros livros ganharam o Prêmio Jabuti. “Cinzas do Norte” recebeu também o prêmio Portugal Telecom de Literatura.
Seus livros foram traduzidos em 14 línguas e publicados em 17 países, como Itália, Estados Unidos e Espanha. Na França, publicou: “Deux Frères”, “Récit d’un Certain Orient”, “Cendres d’Amazonie”, “Orphelins de l’Eldorado”e “Sur les Ailes du Condor”.
Atualmente, mora em São Paulo e é colunista do jornal O Estado de S. Paulo.

Paloma Vidal (Categoria Ficção)

A escritora, tradutora e professora de Teoria Literária da Universidade Federal de São Paulo Paloma Vidal nasceu em Buenos Aires em 1975. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos dois anos de idade.
Publicou, entre outras obras, “A Duas Mãos”; “Mais ao Sul”, “Algum Lugar” e “Mar Azul”. Como tradutora, destacam-se suas versões para o espanhol de “A Legião Estrangeira” e “Um Sopro de Vida”, de Clarice Lispector.  É editora da revista Grumo e da coleção Entrecríticas, na editora Rocco.  Mantém o blog “Lugares onde eu não estou”.
Entre seus textos traduzidos para outras línguas, destacam-se “Más al Sur”, publicado na Argentina; “Ghosts”, na revista americana Day One, e “Mar Azul”,  a ser publicado em 2015 pela editora francesa Mercure de France.

Patrícia Melo (Categoria Romance Policial)

A escritora e dramaturga Patrícia Melo nasceu em 1962 em Assis (SP). Recebeu, em 2001, o prêmio Jabuti de Literatura por “Inferno”. Escreveu nove romances, entre eles, “O Matador” e “Acqua Tofana”. No teatro, é responsável por “Duas Mulheres e um Cadáver” e “A Caixa”. Na televisão, Patrícia fez dois trabalhos: a minissérie “Colônia Cecília” e “A Banqueira do Povo”.
No cinema, ficou conhecida pela adaptação de “Bufo & Spallanzani” (2001), de Rubem Fonseca. Também escreveu o roteiro de “Traição” (1998), “O Xangô de Baker Street” (2001) e “O Homem do Ano” (2003).
Com o romance “Ladrão de Cadáveres”, ganhou o Deutscher Krimi Preis. O livro foi escolhido pelo jornal Die Zeit como o melhor romance policial publicado na Alemanha em 2013.
Suas obras publicadas na França são “O Matador”; “Éloge du Mensonge”;  “Enfer”; “Acqua-toffana”; “Le Diable Danse avec Moi” (Valsa Negra); “Monde Perdu”e “Le Voleur de Cadavres”. Além da França, teve trabalhos traduzidos na Alemanha, China, Espanha, Grécia, Inglaterra e Holanda.

Paulo Coelho (Categoria Ficção)

O escritor, diretor e autor de teatro, jornalista e compositor Paulo Coelho nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1947.
No Brasil, ganhou fama pelas composições que fez com o músico Raul Seixas, como “Eu Nasci Há dez Mil anos Atrás”, “Al Capone”, entre 60 outras.
Membro da Academia Brasileira de Letras, escreveu mais de 20 livros. O autor conseguiu a façanha de ter três títulos ao mesmo tempo nas listas de mais vendidos na França, Brasil, Polônia, Suíça, Áustria, Argentina. Seu romance, “O Alquimista”, foi traduzido em 69 idiomas e editado em mais de 150 países.

Paulo Lins (Categoria Ficção)

Nascido no Rio de Janeiro (RJ), em 1958, Paulo Lins é professor licenciado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autor de “Cidade de Deus”, obra que deu origem ao filme homônimo, dirigido por Fernando Meirelles, indicado a quatro categorias do Oscar 2004.
Lins estreou na poesia, em 1980, no grupo Cooperativa de Poetas, onde publicou “Sobre o Sol” (UFRJ, 1986). Recebeu, em 1985, uma Bolsa Vitae de Literatura.
Escreveu roteiros para televisão, a exemplo de “Cidade dos Homens”, e para o cinema, como “Quase Dois Irmãos”, de Lúcia Murat – prêmio de melhor roteiro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) – e “Faroeste Caboclo”, de René Sampaio.
Em 2012, lançou seu segundo romance, “Desde que o Samba é Samba”. Na França, publicou “Depuis que La samba est samba” e “La Cité de Dieu”.

Ricardo Aleixo (Categoria Poesia)

Nasceu em Belo Horizonte (MG) em 1960. Poeta multimídia, artista visual, cantor, compositor, ensaísta, produtor cultural, artista plástico e editor. Autodidata. Estreou em 1992 com o livro de poesia “Festim”. Edita a revista Roda – Arte e Cultura do Atlântico Negro.
É um agitador cultural que integra a poesia ao teatro, à música e à dança. Faz curadoria do Festival de Arte Negra – FAN. Com Adyr Assumpção, montou vários espetáculos multimeios, como “Jogo de Guerra – Malês”, em 1990, “Desconcerto Grosso – Poemas de Gregório de Matos”, em 1996, e “Canudos, Sertão da Bahia, 1897”, em 1997.
Publicou, entre outros, os livros “Mundo Palavreado” (2013), “Modelos Vivos” (2010 – finalista dos prêmios Portugal Telecom e Jabuti 2011) e “Máquina Zero” (2003). Realizou performances na Alemanha, Argentina, Espanha, EUA, França, México e Portugal.
Teve textos seus publicados na França nas coletâneas “Brésil, Brazil Afro-brasileiro” e “Poètes du Brésil Aujourd’hui”.

Rodrigo Ciríaco (Categoria Ficção)

Educador e escritor, Rodrigo Ciríaco se autodefine como “traficante literário”. Nascido em São Paulo, em 1981, ele é autor dos livros “100 Mágoas” (2011), “Vendo Pó…esia” (2014) e “Te Pego Lá Fora” (2014).
Como integrante da chamada “literatura marginal”, participa há cerca de 10 anos de saraus e atividades literárias nas periferias de São Paulo e, desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária dentro de escolas públicas, com o projeto “Literatura (é) Possível”.
Teve alguns de seus contos, como “Comunidade Século XXI”, “Mãe de Aluguel”, “Poeta e Vadio”, publicados na França dentro do livro “Je Suis Tourjours Favela”; “Caixinha de Surpresas”, como parte da obra “Au-delà du Ballon (Além da Bola); e “A.B.C”, “Miolo Mole Frito”, “Um Estranho no Cano” e “Um Novo Brinquedo” integram o “Je suis Favela”.

Roger Mello (Categoria Infanto-Juvenil)

Escritor e ilustrador brasiliense, Roger Mello nasceu em 1965. É autor de “O Gato Viriato” (Ediouro), “Maria Teresa” (AGIR), “Meninos do Mangue” (Companhia das Letrinhas) e “O Próximo Dinossauro” (FTD).
Em 2002, recebeu os prêmios: Espace-enfants, da Suíça, e o Jabuti, nas categorias Literatura Infanto-juvenil e Ilustração, com “Meninos do Mangue”.
Foi agraciado com prêmios também da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Por sua obra como ilustrador, foi indicado para a edição de 2010 do prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio da literatura infanto-juvenil. Na França, publicou “Jean Fil à Fil”.

Ronaldo Correia de Brito (Categoria Ficção)

Ronaldo é escritor, dramaturgo e psicanalista. Nasceu em Saboeiro, no Ceará, em 1951. Divide seu tempo entre a Medicina e as Letras.
Desenvolveu, em parceria com Assis Lima, o projeto teatral “Trilogia das Festas Brasileiras”. Escreveu os contos “Faca”, um dos finalistas do prêmio Telecom. Em 2003, foi convidado para ser escritor-residente da Universidade de Berkeley, Estados Unidos. Colabora com vários periódicos, como Terra Magazine, revista Continente e o jornal O Povo (CE).
Teve contos e livros traduzidos para alemão, búlgaro, espanhol, francês, húngaro e inglês, e adaptados para cinema e televisão.
Em 2009, recebeu o Prêmio São Paulo de Literatura, por Galiléia (Alfaguara) e, em 2013, recebeu a Ordem do Mérito Cultural (OMC) na categoria Comendador.
Duas de suas obras já foram publicadas na França: “Le Don du Mensonge” e “Le Jour où Otacílio Mendes Vit le Soleil”.

S. Lobo (Categoria Ilustração/Quadrinhos)

S. Lobo começou a carreira em 1991, como estagiário na Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro. Após se formar em Publicidade, trabalhou por vários anos como diretor de arte. Em 1999, ganhou o primeiro lugar do Salão Carioca do Humor, com o quadrinho “Bingulu, o Homem mais Engraçado do Mundo”, do qual também fez o roteiro. Em 2003, fundou a revista de bolso Mosh!, que teve 12 edições e conquistou quatro prêmios HQ MIX.
Comandou as editoras Desiderata e Barba Negra e foi diretor de duas edições do Rio Comicon (2010 e 2011). Publicou em francês o quadrinho “Copacabana”, com desenhos de Odyr Bernardi.
Atualmente, é um dos responsáveis pela web-série “Quadrinho para Barbados”, dirigida ao público adulto.

Sérgio Rodrigues (Categoria Ficção)

O ficcionista, crítico literário e jornalista Sérgio Rodrigues nasceu em Muriaé (MG), em 1962, mas vive no Rio de Janeiro desde 1980. Além de ter trabalhado como repórter e editor nos principais jornais brasileiros, publicou diversos romances e coletâneas de contos.
“O Drible”, “Elza, a Garota”, “As Sementes de Flowerville”, “O Homem que Matou o Escritor”e “Sobrescritos” são alguns deles.
Na França, o interesse despertado por “O Drible” rendeu para o autor um convite do jornal Le Monde para escrever um folhetim. Sérgio Rodrigues publicou, diariamente, 24 capítulos no jornal durante a Copa de 2014 com o nome de “Jules Rimet, meu amor”.
O autor tem contos publicados também nos Estados Unidos, Inglaterra e Espanha. Em 2011, ganhou o prêmio Cultura do Estado do Rio de Janeiro pelo conjunto de sua obra.
Está prevista para ser lançada na França, em março de 2015, a obra “Dribble” (O Drible), com tradução de Ana Sardinha e Antoine Volodine.

Sérgio Roveri (Categoria Dramaturgia)

Nascido em Jundiaí (SP) em 1960, Sérgio Roveri é formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Como jornalista, trabalhou na Editora Abril, no Jornal da Tarde e na revista Serafina, da Folha de S.Paulo.
Estreou como autor teatral em 2003, com a peça “Vozes Urbanas”, selecionada para o projeto Agora Metrópoles do Século 21. É autor das biografias do ator, diretor e dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri, com o título “Um Grito Solto no Ar”, e da escritora Tatiana Belinky, “Quem Quiser que Conte Outra”.
Também integrou a equipe de roteiristas da Rede Globo de Televisão.  Algumas de suas peças podem ser encontradas no livro “O Teatro de Sérgio Roveri” e “Primeiras Obras”.

Tatiana Salem Levy (Categoria Ficção)

A escritora, tradutora e doutora em Letras, Tatiana Salem Levy, 35 anos, nasceu em Lisboa, Portugal. Mas foi no Brasil que investiu na formação profissional e onde se dedicou aos livros. É colunista do jornal Valor Econômico.
Já com o primeiro romance publicado, “A Chave da Casa”, a autora foi vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura. O livro, aclamado no cenário nacional e internacional, foi publicado primeiramente em Portugal e traduzido, posteriormente, na França, Itália, Espanha e Turquia.
Tem contos publicados em antologias de diversos países, incluindo The Paris Review e na revista sueca Karavan. Seus trabalhos estão publicados em oito países. Outras obras de sua autoria são o livro de contos “Primos”, o romance “Dois Rios” e “Tanto Rio”, dedicado ao público infantil.

Autores da Academia Brasileira de Letras:

Ana Maria Machado (Categoria Ficção Infanto-Juvenil)

Apesar de já ter atuado como pintora, jornalista e professora universitária, a consagração da de Ana Maria Machado se deu na literatura. Nascida no Rio de Janeiro, em 1941, ela vendeu mais de 22 milhões de livros, alguns deles traduzidos em 20 países ao longo de mais de 40 anos de carreira.
Fundou, em 1980, a primeira livraria infantil do Brasil, a Malasartes.
Em 2011, foi eleita presidente da Academia Brasileira de Letras e coleciona uma série de prêmios, entre eles o Hans Christian Andersen (o mais importante de literatura infantil); o Machado de Assis; o Casa de las Americas; o Príncipe Claus e três Jabutis.

Antônio Torres (Categoria Ficção)

Do pequeno povoado do Junco (BA), o escritor Antônio Torres conquistou o mundo com seus livros. Aos 32 anos, lançou seu primeiro romance em 1972: “Um Cão Uivando para a Lua”, considerado pela crítica “a revelação do ano”. Mas foi com a publicação de “Essa Terra”, em 1976, que veio o sucesso.
Sua produção literária conta 11 romances. “Essa Terra” ganhou uma edição francesa em 1984. Em terras francesas, Torres também foi condecorado pelo governo, em 1998, como “Chevalier des Arts et des Lettres” por seus romances publicados no país até então. Além deles, há versão francesa para “Um Táxi para Viena d’Áustria”; “O Cachorro e o Lobo” e “Meu Querido Canibal”, além da participação na antologia “Contes de Nöel Brésiliens”.
Em 2000, Torres conquistou o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da sua obra. O escritor tem livros publicados em Cuba, Argentina, França, Alemanha, Itália, Inglaterra, Estados Unidos, Israel, Holanda, Espanha e Portugal. Foi eleito em 2013 para integrar a Academia Brasileira de Letras.
Nélida Pinõn (Categoria Ficção) 
 Imortal da Academia Brasileira de Letras desde 1989, Nélida Piñon sucedeu Aurélio Buarque de Holanda. Nascida no Rio de Janeiro em 1937, Nélida formou-se em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Recebeu numerosos prêmios, entre eles, o Príncipe de Astúrias das Letras, em 2005, concorrendo com Paul Auster e Philip Roth e o israelense Amos Oz. Autora de mais de 20 livros, entre romances, contos, livros infantis e memórias, publicou na França as seguintes obras: “La Force du Destin”, “La Maison de La Passion”, “Les Jardin de la Passion”, “Le Jardin dês Oliviers”, “La République dês Rêves”, “La Salle d’Armes” e “Les Temps des Fruits”.

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