5 pontos positivos para começar a usar o coletor menstrual

Ele virou assunto dos mais comentados na internet, angariou fãs, ganhou até tutoriais em vídeo e despertou o nojinho de muita gente! As brasileiras pioneiras no assunto descobriram o mooncup há cerca de quatro anos, mas foi só em 2015 que o coletor menstrual ficou mais fácil de ser encontrado por aqui e suas vendas deram um salto.Veja os pontos positivos relacionados ao uso do produto:

Por Vânia Goy Do Brasil Pos

1. É confortável e evita odores

Studio shot of an isolated woman hand holding a menstrual cup
Studio shot of an isolated woman hand holding a menstrual cup

Você não vai sentir nada se ele estiver na posição correta. A jornalista Marcella Chartier, 30 anos, de São Paulo, usa o coletor há mais de um ano e hoje nem se lembra de que está com ele. “É muito anatômico e não me sinto úmida nem noto aquele cheiro forte que fica no absorvente.” O tal odor aparece quando o sangue entra em contato com o ar. “Como o coletor cria um vácuo, isso não acontece”, explica a ginecologista Carolina Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo e nossa colunista.

2. Com a prática, não há vazamentos

Studio shot of woman hands holding a standing menstrual cup, on white background.
Studio shot of woman hands holding a standing menstrual cup, on white background.

“A maioria das mulheres não tem noção exata da menstruação, porque a quantidade não fica evidente no absorvente”, diz a ginecologista Taísa Catania, de São Paulo. O segredo do sucesso é acertar na colocação. “No início pode haver vazamentos. Provavelmente, eles vão parecer com o começo do ciclo, quando você dá um pulo no banheiro para checar se ficou menstruada”, diz Taísa. Na fase de teste, coloque um protetor diário na calcinha para prevenir acidentes.

3. É uma boa alternativa para as alérgicas

o-CALCINHA-570

Coceira, espinhas e ardência são algumas das queixas de quem sofre em contato com absorventes. Para parte dessas mulheres, a versão interna é inviável. “Sempre dormia mal durante a menstruação: a minha pele ficava vermelha e irritada”, conta a terapeuta ocupacional Bruna Taño, 30 anos, de São Paulo, que resolveu o perrengue ao optar pelo coletor.

4. Dá para praticar esportes e ter uma noite tranquila de sono

Two menstrual cups isolated on white background. Selective focus and shallow DOF
Two menstrual cups isolated on white background. Selective focus and shallow DOF

Com o coletor, você pode fazer atividade física e também dormir sem medo de manchar a roupa de cama. “Abria mão da ioga durante a menstruação”, diz a chef de cozinha Mariana Pelozzio, 29 anos, de São Paulo. Ela corre, nada e não tolera absorventes internos tradicionais. “Senti que mudou a minha vida quando fui a uma aula menstruada e fiz todas as posturas sem desconforto nem vazamentos.”

5. Inibe o surgimento de infecções

66666

À primeira vista, usar algo que não é descartável dá certa insegurança. Mas Carolina Ambrogini garante que o coletor é mais do que seguro: você só tem que seguir direitinho as recomendações de higiene. “Ele precisa ser lavado com água e sabonete. Sem a limpeza correta, bactérias podem crescer e causar mau cheiro.” Fabricantes como os do In Ciclo e Me Luna, os mais populares por aqui, ainda recomendam desinfetá-lo à moda antiga: ferva o seu durante cinco minutos depois que a menstruação acabar.

*Feito de silicone flexível, o copinho, para as íntimas, tem forma de sino e, introduzido como um absorvente interno, adere às paredes do canal vaginal e armazena o sangue menstrual. Além de eficiente, é econômico e ecológico: custa cerca de 80 reais, mas é reutilizável e, bem cuidado, pode durar até dez anos.

 

+ sobre o tema

Bahia registra 15.751 casos de violência contra a mulher este ano

O estado da Bahia registra 15.751 casos de violência...

Masculinidade tóxica: comportamentos que matam os homens

Criticar masculinidades tóxicas é diferente de criticar os homens por Guilherme...

“Mesmo com vice negra, somos oprimidas”, diz escritora colombiana

A escritora e jornalista colombiana Edna Liliana Valencia, de...

Filhos de Gandhy desfilam contra violência a mulher

Com palavras de ordem como "Violência contra a mulher...

para lembrar

Como a Igreja arruinou a vida sexual das Américas com pecado, culpa e preconceito

“Não existe pecado do lado de baixo do Equador”,...

Não foi boto Sinhá: a violência contra a mulher ribeirinha

Tajá-panema chorou no terreiro e a virgem morena fugiu no...

Eduardo Cunha, quem é a mulher mentirosa? Por Debora Diniz

Se há abuso, não é das mulheres, e sim...

Pesquisa contesta mito de Chica da Silva

O alegado apetite sexual, a promiscuidade e as crueldades...
spot_imgspot_img

Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexo, lançam Comitê Impulsor Nacional para a Marcha Nacional de Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

Durante a abertura da 12ª edição do SENALESBI – Seminário Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais, que acontece de 16 a 18 de maio em...

No DR com Demori, Cida Bento debate a desigualdade racial no Brasil

O programa DR com Demori, da TV Brasil, recebe nesta terça-feira (13) a psicóloga e escritora Cida Bento, que já figurou entre as 50...

Esperança Garcia: quem foi a escravizada considerada a 1ª advogada do Brasil

Acredita-se que Esperança Garcia, uma escravizada que vivia em fazenda localizada a 300 quilômetros de onde hoje é Teresina, no Piauí, tivesse apenas 19 anos quando escreveu...
-+=
Geledés Instituto da Mulher Negra
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.