A Comissão Temporária de Reforma Política do Senado aprovou a proposta sugerida pela Bancada Feminina de inclusão de cotas para gênero. Ficou assegurado percentual mínimo de 10% de vagas para mulheres nas cadeiras do Senado, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa do DF e das câmaras municipais de todo o Brasil nas primeiras eleições após a vigência da lei
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A Comissão Temporária de Reforma Política do Senado aprovou, nesta quarta-feira (8), a proposta sugerida pela Bancada Feminina de inclusão de cotas para gênero. Ficou assegurado percentual mínimo de 10% de vagas para mulheres nas cadeiras do Senado, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa do DF e das câmaras municipais de todo o Brasil nas primeiras eleições após a vigência da lei.
De acordo com o texto, essa cota passará para 12% nas eleições seguintes e para 16% na terceira eleição, independentemente do sistema eleitoral que venha a ser determinado no texto final.
A procuradora da Mulher, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), comemorou a decisão da comissão e reconheceu em especial o esforço das senadoras, que desde março deste ano estão em permanente campanha em favor da reserva de vagas.
“A inclusão das cotas foi nossa primeira vitória no Senado e vamos continuar otimistas e mobilizadas. Em agosto, lançaremos a campanha Mais Mulheres na Política no Rio Grande do Norte, na Bahia e em Goiás, para que toda a sociedade possa se envolver e sensibilizar os demais senadores até a vitória final, tanto no Senado, quanto na Câmara dos Deputados”, garantiu.
O senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP) se posicionou contra a proposta afirmando que ela “fere o princípio da democracia” já que o voto dado a uma mulher terá um peso maior do que o dado a um homem.