60 mil peruanos/as assinaram a favor da descriminalização do aborto por estupro

As organizações e movimentos feministas apresentaram em conferência de imprensa na Casona de San Marcos, no início da campanha “Deixa-a Decidir”, 60 mil assinaram que apoiam a descriminalização do aborto em casos de estupro.

Por Susan Esinoza López

Maria Elena Reyes, diretora do movimento Manuela Ramos, comunicou a iniciativa de um projeto de lei ao Congresso da República para que mulheres vítimas de violência sexual possam abortar sem ser denunciadas promovendo a luta pelos direitos da mulher.

As congressistas Rosa Mavila e Verónika Mendoza apoiaram a iniciativa e confirmaram seu compromisso diante a apresentação do projeto. “O Peru é o país com maior quantidade de denúncias por estupro na América do Sul (…) o Estado não pode fechar os olhos ante esta problemática, seria desumano e hipócrita”, disse a deputada Mendoza.

Por sua parte a parlamentar do Frente Amplio, Rosa Mavila, criticou os setores que se opõem a esta iniciativa ao assinalar que “a igreja necessita penalizar o aborto para ter poder sobre a população, enquanto que os fujimoristas são os primeiros em apresentar projetos contra descriminalização do aborto”.

O decano do Colégio Médico do Peru, Miguel Gutiérrez, afirmou que as mulheres que são vítimas de estupro sofrem um dano mental que coloca em risco sua saúde e que no caso de setores mais pobres “não podem nem recorrer a um hospital para que lhes deem um anticoncepcional oral de emergência e por isso devem recorrer a um aborto clandestino e ilegal, colocando em risco sua vida”.

Por último, as organizações e movimentos feministas pedem ao presidente Ollanta Humala pela garantia dos direitos humanos das mulheres e que cumpra com a descriminalização do aborto que apresentou dentro de seu programa de Saúde Nacional.

Dados

Uma de cada cinco mulheres sofreu violência sexual antes dos 15 anos por uma pessoa próxima a seu em torno familiar e nove de cada dez gravidezes das meninas são produto de incesto.

O último estudo apresentado pelo centro da mulher peruana Flora Tristan responde que no Peru se realizam 1000 abortos clandestinos ao dia e centenas de mulheres morrem no procedimento.

Fonte: Adital

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