6º Fórum dos países da América Latina e do Caribe pauta a Agenda 2030

Enviado por / FontePor Nataly Simões

Artigo produzido por Redação de Geledés

Importância do enfrentamento ao racismo e ao sexismo para o desenvolvimento sustentável é pautada em Fórum dos países da América Latina e Caribe

A sustentabilidade de novas tecnologias sociais foi debatida no 6º Fórum dos países da América Latina e do Caribe sobre o desenvolvimento sustentável, que aconteceu entre os dias 25 e 28 de abril, na  sede central da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL) em Santiago, no Chile.

O objetivo do encontro foi analisar os avanços na implementação regional da Agenda 2030 com destaque para as ações e propostas de aceleração das metas dos objetivos de desenvolvimento sustentável. 

A Agenda 2030  trata-se de um plano global para a construção de um mundo melhor para todos os povos e nações. Entre os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas estão a redução das desigualdades, erradicação da pobreza e ações contra as mudanças climáticas.

Geledés – Instituto da Mulher Negra, que integra o GT da agenda no Brasil, participou do evento e destacou o fundamental papel do país e a importância de garantir o compromisso com o enfrentamento ao racismo e sexismo, valorizar as práticas das comunidades negras, indígenas e quilombolas na resistência da crise climática e preservação ambiental.

“Nessa participação pudemos compartilhar um pouco do contexto das mulheres rurais, em especial quilombolas e outras comunidades tradicionais e seu papel fundamental na manutenção da identidade cultural e sua dimensão no ativismo ambiental e preservação, bem como o nível de vulnerabilidade em que estão por estarem na linha de frente”, afirma Letícia Leobet, assistente de projetos da área de educação e pesquisa de Geledés.

Foto: Divulgação

O instituto também contribuiu para a elaboração da declaração do mecanismo da sociedade civil  da sociedade, que será apresentado no foro de alto nível em Nova York, nos Estados Unidos, em julho deste ano.

A expectativa de Geledés é que nos próximos passos da Agenda 2030 o desenvolvimento sustentável esteja cada vez mais alinhado com o compromisso de enfrentamento ao racismo, além de ampliar a participação das populações mais vulnerabilizadas no debate.

“Temos que pressionar junto ao GT a institucionalização dos objetivos de desenvolvimento sustentável pelo governo federal por meio da recriação da comissão para o tema  e marcos legais que garantam a efetivação do compromisso com a agenda. Além disso, fortalecer a territorialização dos objetivos reconhecendo o potente papel dos municípios para o avanço das metas e democratizar a discussão sobre desenvolvimento sustentável de modo a dialogar com as realidades e questões estruturais existentes na sociedade brasileira”, reforçou Leobet.

+ sobre o tema

PLP 2.0: aplicativo para o combate à violência contra a mulher é lançado oficialmente

Ferramenta apoiada pela AJURIS passará por período de testes...

Sobre o Encontro de Mulheres Negras do Cone Sul na Argentina

No dia 17 de fevereiro de 2018 foi realizada...

Desigualdades e recuperação da aprendizagem na pandemia

Convidamos você para participar do próximo evento do Ciclo...

para lembrar

Desnudar a dor para vestir de justiça

O sonho de um dia sem racismo, entre tantas...

Por um SUS da educação

Presidente de fundação com origem na família dos principais...

A diferença entre artigos científicos escritos por homens e por mulheres

Nova pesquisa revela distinção na linguagem usada por cada...

Homem é preso em Manaus suspeito de matar grávida por não querer filho negro

A Polícia Civil do Amazonas prendeu em Manaus um homem apontado como sendo o assassino de sua ex-namorada grávida de sete meses. As investigações, segundo a corporação,...

Lei do ensino de História da África nas escolas completa 20 anos e escancara lacunas na formação de professores antirracistas

Após ler em sala o poema O Pequeno Príncipe Preto, de Marcelo Serralva, para seus alunos da educação infantil, Luciana Deus, professora da rede pública,...

Racismo influencia abordagem policial e processo por tráfico de droga

As pessoas acusadas por tráfico de drogas em São Paulo são jovens, negras, pobres e moradoras das periferias. Essa população constitui o alvo da...
-+=