Faculdade de medicina no Japão admite ter baixado notas de mulheres para privilegiar homens

Caso de discriminação contra estudantes do sexo feminino foi revelado por jornal do país

Da Revista MARIE CLAIRE

Universidade de medicina do Japão praticava discriminação contra mulheres (Foto: Getty Images)

Um escândalo envolvendo discriminação contra mulheres  atingiu em cheio Universidade de Medicina de Tóquio, no Japão. A instituição admitiu, nesta terça-feira (7), ter baixado as notas das estudantes do sexo feminino nos testes de admissão para privilegiar os homens.

“Traímos a confiança do público. Apresentamos nossas mais sinceras desculpas”, declarou à imprensa o diretor-geral Tetsuo Yukioka sobre a prática. O vice-presidente, Keisuke Miyazawa, garantiu que a escola fará provas equitativas a partir do próximo ano.

O objetivo da instituição era admitir somente 30% de mulheres, informou o jornal  “Yomiuri Shimbun”. As  irregularidades teriam começado em 2011, mas uma investigação interna demonstrou que essas práticas remontam a 2006.

A ministra da Mulher, Seiko Noda, denunciou à emissora pública japonesa de televisão NHK:
“É extremamente preocupante, se a universidade impede o êxito das mulheres no concurso [de admissão] com a desculpa de que é difícil trabalhar com mulheres médicas”, disse a ministra Noda.

As práticas teriam sido descobertas após uma investigação concluir o caso de favorecimento do filho de um influente membro do Ministério da Educação.

+ sobre o tema

para lembrar

Governo autoriza 3.617 cargos na educação

O Ministério do Planejamento autorizou nesta terça-feira o provimento...

Lei de Cotas completa 10 anos: cotistas explicam a importância da medida em suas vidas

A Lei de Cotas, aprovada pelo Congresso e sancionada em...
spot_imgspot_img

Geledés participa do I Colóquio Iberoamericano sobre política e gestão educacional

O Colóquio constou da programação do XXXI Simpósio Brasileiro da ANPAE (Associação Nacional de Política e Administração da Educação), realizado na primeira semana de...

Aluna ganha prêmio ao investigar racismo na história dos dicionários

Os dicionários nem sempre são ferramentas imparciais e isentas, como imaginado. A estudante do 3º ano do ensino médio Franciele de Souza Meira, de...
-+=