AFRODESCENDENTES: Secretário de Relações Exteriores tira dúvida sobre carreira de diplomata

Fonte: Globo.com –

Inscrições para o concurso seguem abertas até o dia 13 de dezembro e o salário inicial é de mais de R$ 12 mil; Ministério oferece bolsas de estudo para afrodescendentes

 

O mercado de trabalho para diplomata atrai muitos candidatos, principalmente pelo salário inicial de R$ 12 mil. A carreira está disponível para qualquer pessoa com curso superior em qualquer área, mas é preciso fazer concurso público e a concorrência é grande. Para tirar dúvidas sobre a profissão, o Bom Dia Pernambuco desta quinta-feira (26) entrevistou Fernando Cavalcanti, que é secretário do Ministério das Relações Exteriores.

 

Ele veio ao Recife como parte de uma ação nacional para esclarecer o que é a diplomacia. Além de ter curso superior, o candidato deve ser brasileiro nato e estar no gozo dos direitos políticos e em dia com as obrigações do serviço militar. “Temos três funções básicas: informar, representar e negociar em nome do país, atuando também na integração nacional, participando de conferências, por exemplo”, explica.

 

“Há uma mística de que o candidato precisa dominar cinco ou seis línguas. Realmente é necessário dominar o inglês, que está na primeira e na terceira fase do concurso. Também se pede espanhol e francês, mas é na quarta fase, que é apenas classificatória. O mais importante é dominar o português, que tem ponto de corte na prova”.

 

As inscrições para o concurso de admissão à carreira de diplomata terminam no próximo dia 13 de dezembro e são oferecidas 108 vagas. “O candidato deve se preparar com economia, noções de direito e direito internacional público e política internacional”, explica o secretário Fernando Cavalcanti.

 

“O estudo demanda alguns anos e uma história de vida, para realmente ter condições de concorrer, mas isso não significa que é uma carreira específica, para poucos. A ideia do Ministério é que pessoas de regiões diferentes possam tentar. Uma vez aprovado, o candidato é matriculado no Instituto Rio Branco, onde ficará um ano e meio em formação, em Brasília. Quando termina, ele é lotado como diplomata no Ministério de Relações Exteriores”.

 

O Ministério tem um programa de ação afirmativa que oferece uma bolsa-auxílio para afrodescendentes estudarem para a prova. “Temos esse projeto, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e a de Promoção da Igualdade Racial”, diz. “Sabendo que a preparação é custosa, por isso selecionamos afrodescendentes para receber uma bolsa de R$ 25 mil parcelada, em um ano de preparação custeada pelo Ministério”.

 

A inscrição para concorrer à bolsa do programa de ação afirmativa é até 29 de novembro. Já a inscrição para a prova de diplomacia custa R$ 120 e as provas aconteceram no dia 24 de janeiro em várias capitais, incluindo o Recife. As duas devem ser feitas exclusivamente via internet, no site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília (Cesp/UNB).

 

Nesta quinta-feira (26), o diplomata fará palestras às 9h, na Faculdade de Direito do Recife, às 18h na Aliança Francesa de Boa Viagem, e às 20h30, na ABA da avenida Rosa e Silva, nos Aflios.

 

 

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