Aids e carnaval 2010: alvo são meninas de 13 a 19 anos

Falar de sexo em casa ainda é um tabu para muitas famílias. Para os educadores, as campanhas do governo sobre Aids eDST´s deveriam incentivar o diálogo entre pais e filhos e deveriam existir durante o ano inteiro, e não somente em período festivo como é o caso do carnaval. Parece que não adianta também distribuir preservativos, pois muitos jovens ainda não têm consciência da importância do uso dacamisinha. Para muitas pessoas, é preciso despertar o interesse desses jovens pelo assunto. Eles precisam conhecer e saber os males que a doença causa.

Os números de Aids tem crescido nos últimos anos entre as meninas que são infectadas cada vez mais jovens. Segundo o último Boletim Epidemiológico da Aids e de Doenças Sexualmente Transmissíveis(DST), divulgado em novembro do ano passado, foram registrados mais casos entre as garotas dessa idade em relação aos meninos desde 1998. Atualmente, cada oito meninas infectadas existem dez casos de meninos. Antes, a proporção eram dez mulheres para cada quinze de homens.

Preocupado com isso, o Ministério da Saúde vai priorizar, durante o carnaval de 2010, a campanha de prevenção à Aids no grupo de meninas de 13 a 19 anos. De acordo com informações do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a maioria dos jovens busca o preservativo na primeira relação sexual. Mas quando o relacionamento fica estável, o uso da camisinha é deixado de lado. Na medida que vão tendo confiança no companheiro abandonam o preservativo. Acampanha, ainda sem um slogan, pretende orientar os jovens sobre as formas de contágio da doença e os cuidados para a prevenção, além de distribuição de camisinhas nos sambódromos e blocos de rua. Para isso, o Ministério da Saúde já encomendou 1,2 bilhão de preservativos para ações da pasta nos próximos dois anos.

O tema da campanha de 1999 foi “Viver sem Aids só depende de você“; o de 2000/2001 foi “Prevenir é tão fácil quanto pegar“; em 2002 foi “Sem camisinha nem pensar“; Já em 2003 a campanha estimulou os adolescentes a usarem camisinha; em 2004 o tema foi “Pela camisinha não passa nada. Use e confie“; em 2006 o mote foi “Camisinha não sai de casa sem ela“; em 2007 “Bom de cama é quem usa camisinha” e no ano passado foi “Sexo não tem idade para acabar. Proteção também não“. Segundo estimativas, 630 mil pessoas estão infectadas no Brasil com o vírus HIV.

 

 

+ sobre o tema

Estudo aponta riscos de tecnologias de reconhecimento facial

Sorria! Seu rosto está sendo não só filmado, mas...

Desigualdade climática: estudo aponta que população mais pobre sofre consequências maiores por causa do calor

ASSISTA A REPORTAGEM A desigualdade social dificulta o acesso das...

Quilombolas pedem orçamento e celeridade em regularização de terras

O lançamento do Plano de Ação da Agenda Nacional...

É a segurança, estúpido!

Os altos índices de criminalidade constituem o principal problema...

para lembrar

Qual é a agenda do país? Se for a do Congresso enterramos a democracia

Republico um texto acadêmico,do professor Piero Eyben. Texto reflexivo...

7 entre 10 cidades brasileiras ignoram enchentes no planejamento urbano

Materializado em catástrofes recentes, o risco de inundações ou de desmoronamentos de...

A BH possível, a dos nossos sonhos: amiga das mulheres

O eixo dos debates de uma eleição municipal é...

Carl Hart – Crack – É possível entender

A convite do CESeC (Centro de Estudos de Sociedade...

Presidente da COP30 lamenta exclusão de quilombolas de carta da conferência

O embaixador André Corrêa do Lago lamentou nesta segunda-feira (31) a exclusão dos quilombolas do documento que reúne as propostas da presidência da COP30, conferência do clima da ONU (Organização...

Prefeitura do Rio revoga resolução que reconhecia práticas de matriz africana no SUS; ‘retrocesso’, dizem entidades

O prefeito Eduardo Paes (PSD) revogou, na última terça-feira (25), uma resolução que reconhecia práticas tradicionais de matriz africana como complementares ao SUS no Rio de Janeiro. O...

Decisão de julgar golpistas é histórica

Num país que leva impunidade como selo, anistia como marca, jeitinho no DNA, não é trivial que uma Turma de cinco ministros do Supremo...
-+=
Geledés Instituto da Mulher Negra
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.