Aluna que foi estuprada na Universidade de Columbia protesta contra permanência de agressor na instituição

Enquanto seu estuprador frequentar a Universidade de Columbia, em Nova York, Emma Sulkowicz pretende carregar um colchão por onde for.

“Carry That Weight” (“Carregue Aquele Peso”, em tradução livre) é a tese de Sulkowicz em arte visuais e também uma forma de protesto contra as políticas da universidade em relação aos casos de assédio sexual. 

“Carregar um colchão – que também foi onde o estupro aconteceu – pela universidade é um símbolo comovente, significativo e extremamente poderoso”, diz o professor Jon Kessler, orientador do projeto.

“O último ano da minha vida foi realmente marcado por contar para as pessoas o que aconteceu no espaço mais íntimo e privado”, contou ela ao Columbia Spectator.

Ela disse a revista Time que quando reportou o crime à diretoria da universidade, uma das responsáveis por ouvir e por tentar solucionar seu caso questionou “como era fisicamente possível um estupro anal ser consumado”.

“Eu tenho medo de deixar o meu quarto e, ver pessoas que sejam remotamente parecidas com meu estuprador é algo apavorante para mim”, disse ela em entrevista a MSNBC.

Além de Sulkowicz, mais duas estudantes prestaram queixa contra o aluno da instituição, que foi considerado inocente.

“Ele é um estuprador em série”, afirma Sulkowicz.

Ela e mais 22 alunas assinaram uma queixa contra a universidade direcionada ao governo federal, sobre a forma com que a Columbia lida com esses casos. 

De acordo com a política da universidade, a principal prova em casos de crimes sexuais é a “preponderância de evidência”, de forma que um painel composto por profissionais ligados à Columbia precisa ser “convencido de que a agressão aconteceu”.

“A Universidade de Columbia está mais preocupada com a sua imagem do que em manter as pessoas seguras”, critica a estudante.

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