Angola aumenta a presença de mulheres na sua representação nas Nações Unidas

O Ministério das Relações Exteriores vai colocar, em breve, uma diplomata na estrutura das Nações Unidas dedicada à mulher, anunciou sexta-feira, em Luanda, o secretário de Estado Manuel Augusto.

O governante garantiu que o Ministério das Relações Exteriores está a trabalhar com o Ministério da Família e Promoção da Mulher no sentido de, o mais breve possível, materializar este objectivo.

O secretário de Estado das Relações Exteriores, que falava no seminário subordinado ao tema “A participação da mulher angolana nos órgãos de tomada de decisão: Como preservar as conquistas alcançadas”, aconselhou as mulheres a promoverem o associativismo para preservar as conquistas alcançadas nos últimos anos. Manuel Augusto considera que o associativismo feminino deve ser desenvolvido com base em mecanismos próprios, como a rede de informação sobre a defesa dos direitos das mulheres.

O secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, disse que ao Executivo cabe o papel preponderante na coordenação e avaliação dos progressos alcançados pela mulher, bem como a projecção das políticas tendentes à sua implementação.

Manuel Augusto recordou que foi proclamado o Decénio da Mulher Africana em 2010, no Quénia. Entre os objectivos desta iniciativa está a luta contra a pobreza e pela emancipação financeira da mulher, incluindo a garantia de emprego estável e igualdades de oportunidades. O encontro, em que participaram deputadas, mulheres com cargos no Executivo e da sociedade civil, foi organizado pelo grupo de mulheres parlamentares.

Angola é membro activo

A Missão de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, é um dos três postos (em conjunto com as missões diplomáticas em Genebra e Viena) que representam os interesses do país no sistema da ONU. O representante permanente lidera a Missão de Angola, que dispõe de uma equipa de diplomatas e especialistas. A Missão fornece o núcleo de delegações de Angola para conferências e reuniões da ONU, em Nova York, incluindo sessões ordinárias e extraordinárias da Assembleia-Geral.

Uma das principais prioridades de Angola na agenda da ONU nos últimos anos tem sido a questão da paz no mundo, em África e, particularmente, na África subsahariana. Angola tem apoiado activamente o processo de consulta das Nações Unidas ao nível do Conselho de Segurança, para restaurar a ordem e a estabilidade no mundo. Pela primeira vez na história das Nações Unidas, no dia 12 de Maio de 2006, Angola garantiu a sua presença na Comissão de Consolidação da Paz. Em 23 de Junho de 2006, o então embaixador de Angola na ONU, Ismael Gaspar Martins, foi eleito por aclamação para um mandato de um ano como presidente da Comissão de Consolidação da Paz.

Fonte: Jornal da Angola

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