Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, mira corrigir problema na coluna e amenizar dores nas costas
Novembro é um mês decisivo para o revisor do processo do mensalão, Joaquim Barbosa. No próximo dia 29, ele embarca para a Alemanha para fazer uma cirurgia na tentativa de corrigir a sacroileíte, doença inflamatória na base da coluna. No próximo dia 18, o ministro completa 59 anos. Já sua posse como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) está marcada pra o dia 22 de novembro. Barbosa fica de licença médica do dia 28 de outubro a 5 de novembro, e deve voltar ao Brasil no próximo dia 3.
Justamente por causa da viagem, os ministros concordaram em realizar uma sessão extra do julgamento nesta terça-feira (23) na tentativa de concluir o processo.
Na sessão dessa segunda-feira, a fase do “julgamento”, que determina quem é culpado ou inocente, foi concluída com a condenação de 25 réus. Nesta terça, será iniciada a fase da contagem das penas, chamada de “dosimetria”. Antes, porém os ministros precisam decidir como vão agir em caso de desempate. Sete réus esperam pela decisão.
A tendência é que os ministros optem pelo princípio do direito conhecido como in dubio pro reo (em latim significa que o empate beneficia o réu). Nessa segunda, o presidente Ayres Britto, que pelo regimento do STF (Supremo Tribunal Federal) poderia usar o voto de minerva, disse que beneficiar o réu é a melhor solução em caso de empate.
Doença
Por provocar fortes dores na coluna, a doença de Barbosa o impediu de compor a corte do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele também é obrigado a se ausentar do plenário do STF várias vezes durante os julgamentos. Ele até usa uma cadeira com estofamento especial para tentar amenizar as dores. A doença atinge mais homens do que mulheres e tem mais chances de ocorrer conforme a idade avança.
Os pacientes chegam ao diagnóstico porque, em geral, sentem muita dor na lombar, que pode se estender para coxa e panturrilhas, além da sensação de rigidez na coluna.
*Colaborou Paulo Mondego
Fonte: R7