Ao amigo e companheiro Antonio Carlos Arruda a solidariedade do Geledés

Meu melhor amigo

Meus pais Hélio e Valdivina na alegria da construção da casa onde viveram por mais de 60 anos

Há uma semana, 12 de janeiro de 2012 morreu meu pai, meu melhor amigo.

Foi aquele que nunca me faltou. Fez certamente o que todo bom pai faz e por isso ele foi especial para mim.

Filho de mãe solteira, Albertina Silva – conheceu, conviveu, mas nunca foi reconhecido pelo pai um músico, um homem da noite e talvez isto tenha sido a grande diferença no carinho e firmeza com que meu pai conduziu a nossa família. Minha mãe, eu, minhas duas irmãs e uma porção de afilhados, sobrinhos/as, aprendizes que se tornaram mestres de funilaria de automóveis como ele, compadres, comadres, amigos/as que são nossos parentes hoje pela afinidade, proximidade e lealdade de um homem turrão de um enorme coração, querido pela nora e pelos genros. Meu Pai.

Bom de bola era torcedor do São Paulo (e assim bem educou seus filhos e netos) jogou em diversos times da Vila Guarani – Jabaquara. Aqui duas fotos do Flor Indiana onde ele está agachado sendo o 2º da esquerda para a direita. Na segunda de pé o “mortal trio de ataque” do Flor formado entre outros por Hélio, Jaimão e Ivan.

 

helio da silva futebol

Na terceira foto aparece como dirigente “cartola” do time 13 de Janeiro. Por coincidência equipe com o nome da data da sua fundação, mesma data do seu enterro.Time bom, quase só de negrão fez história no Jabaquara e na várzea de São Paulo.

Gostava de dançar e era fã de Jamelão e curtia demais “Ela disse-me assim” de Lupicínio Rodrigues e na sempre magistral interpretação de Jamelão que te convido a ouvir agora em homenagem ao Hélio.

Elegante, seu apelido na Barra Funda era Selassié pela semelhança altiva que lembrava o Rei da Etiópia e como tal um lutador indomável, um menino que saiu da miséria para a construção de um patrimônio moral inabalável. Meu Pai.

Perto de completar 89 anos partiu sereno, me fará muita falta então vou curtir as suas memórias até mesmo das vezes que batemos boca como ele dizia. Meu Pai.

helio e arrudaNo meu aniversário em 18 de abril de 2011.

Meu conforto é que ele se reencontrou com minha mãe e voltou a ser alegre na companhia dela. Saudades do meu pai e de minha mãe.

Até um dia!

Fonte: Portal do Arruda

+ sobre o tema

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz...

Foi a mobilização intensa da sociedade que manteve Brazão na prisão

Poucos episódios escancararam tanto a política fluminense quanto a...

para lembrar

Chamada de textos – Sur – Revista Internacional de Direitos Humanos

CONTEXTO Conectas Direitos Humanos e o Geledés – Instituto da Mulher Negra convidam...

CNBB ajuda a convocar atos em defesa de Lula e da democracia

Uma circular da Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da...

A autonomia e a resistência das favelas do RJ pra driblar o coronavírus

Desamparadas pelo poder público, as comunidades enfrentam o abuso...

MG lidera novamente a ‘lista suja’ do trabalho análogo à escravidão

Minas Gerais lidera o ranking de empregadores inseridos na “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A relação, atualizada na última sexta-feira...

Conselho de direitos humanos aciona ONU por aumento de movimentos neonazistas no Brasil

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, acionou a ONU (Organização das Nações Unidas) para fazer um alerta...

Brizola e os avanços que o Brasil jogou fora

A efeméride das seis décadas do golpe que impôs a ditadura militar ao Brasil, em 1964, atesta o apagamento histórico de vários personagens essenciais...
-+=