As terapias hormonais para a menopausa estão associadas a um maior risco de câncer de mama

Uma análise com mais de 100.000 mulheres mostra que o tratamento diário de estrogênio e progesterona por cinco anos está ligado a um caso a mais para cada 50 usuárias

Por Manuel Ansede, do El País

Imagem: Heather Charles/Chicago Tribune/MCT via Getty Images

O maior estudo já realizado até o momento confirmou que a terapia hormonal na menopausa está associada a um maior risco de câncer de mama invasivo. Dentre as mulheres que nunca recorreram a este tratamento, 6,3% delas desenvolvem um desses tumores entre as idades de 50 e 69 anos, em comparação a 8,3% das que se submetem a uma terapia combinada de estrogênio e progestina por cinco anos diariamente. Os dados são de um novo trabalho, liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford (Reino Unido). O aumento absoluto do risco, de dois pontos percentuais, é o equivalente a mais um caso de câncer para cada 50 usuárias do tratamento.

Os autores, liderados pela epidemiologista Valerie Beral, analisaram os dados de quase 110.000 mulheres com câncer de mama invasivo após a menopausa, diagnosticadas com idade média de 65 anos. Para muitas, a terapia de reposição hormonal é recomendada para aliviar os sintomas comuns da menopausa, um momento em que a produção reduzida de estrogênio e progesterona nos ovários pode causar uma diminuição da massa óssea, insônia e ondas de calor repentinas. O tratamento consiste na prescrição de estrogênio sozinho—geralmente para mulheres cujo útero foi removido— ou acompanhado de progestina, um hormônio sintético cujos efeitos são semelhantes aos da progesterona.

A equipe de Beral calculou o risco de acordo com o tipo de tratamento. Concluiu que 6,8% das mulheres que receberam apenas estrogênio desenvolveram câncer de mama invasivo, um aumento de um caso por 200 usuárias. Na terapia com estrogênio com progestina intermitente, o percentual atingiu 7,7%: um caso extra para cada 70 mulheres.

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