Ativista negra e Museu dos Direitos Humanos são celebrados na nova nota de 10 dólares canadenses

O Banco do Canadá revelou a nova cédula de 10 dólares que apresenta Viola Desmond, uma empresária negra que desafiou a segregação racial em 1946, recusando-se a desocupar uma área “branca” de um teatro. No verso da cédula há a imagem do Museu Canadense de Direitos Humanos, projetado por Antoine Predock e concluído em 2014. A Sra. Desmond não é apenas a primeira pessoa negra a aparecer sozinha na moeda canadense, como também é a primeira mulher – que não faz parte da monarquia britânica – a figurar desacompanhada em uma cédula. O evento de divulgação foi apropriadamente realizado no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

A Sra. Desmond foi escolhida para a cédula de $10 pelo ministro das Finanças, Bill Morneau, a partir de uma chamada aberta nacional para selecionar uma figura feminina canadense para a nova nota. Depois de suas ações no teatro em 1946, Desmond foi presa, condenada e multada. Seu processo foi um dos primeiros casos legais trazidos a tona por uma mulher negra no Canadá.

Sobre o verso da cédula, o arquiteto Antoine Predock afirmou que o Museu Canadense de Direitos Humanos “torna visível a comunalidade fundamental da humanidade.” No verso da cédula, o edifício atua como um ícone não só para a mensagem transmitida pelo museu, mas sua relação com o contexto em que está situado.

“Nossas cédulas são projetadas não apenas como um meio de pagamento seguro e durável, mas também como obras de arte que contam as histórias do Canadá. Esses novos $10 se encaixam nessa ideia”, disse o presidente do Banco do Canadá, Stephen Poloz.

 

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