“Salvador é, sim, uma cidade racista, basta ver os números registrados aqui no Carnaval, que colocam esse crime com 81% das ocorrências. Precisamos mudar isso”, quem lamenta é a vice-prefeita e militante do movimento negro, Célia Sacramento, do PV; Observatório da Discriminação Racial, da Violência contra a Mulher e LGBT registrou o total de 544 atos de violência e discriminação; racismo lidera com 73,89% dos casos
Não deveria, mas Salvador, que tem a maior população negra da América Latina, “é, sim, uma cidade racista”, como esbravejou a vice-prefeita e militante do movimento negro Célia Sacramento (PV).
Observatório da Discriminação Racial, da Violência contra a Mulher e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) registrou um aumento de 15.8% de ocorrências em relação ao ano passado, com um total de 544 atos de violência e discriminação.
O sábado foi o dia que apresentou maiores dados, com 143 ocorrências, das quais, a maioria no Circuito Osmar (Campo Grande).
Apesar do caráter popular da festa e da predominância de negros na cidade, dos três focos trabalhados, o racismo lidera com 73,89% dos dados o que representa 402 registros, com destaque para o quesito vulnerabilidade social de negros e negras na folia, seguida pelo quesito agressão.
Outro dado importante foi o registro de 18 denúncias de racismo que deverão ser apuradas pelos órgãos competentes, baseando-se nas informações dos denunciantes.
Agressão foi o quesito com mais evidência no foco violência contra a mulher, entretanto, com inúmeras campanhas de respeito às mulheres, houve uma leve diminuição dos casos registrados em relação à edição 2012 do Observatório, apresentando neste ano um total de 112 ocorrências, com quatro denúncias.
Cidade racista
Em entrevista ao site Política Livre, a vice-prefeita Célia Sacramento (PV) lamentou os números que refletem a discriminação e afirmou que a capital baiana é uma das cidades mais racistas do mundo. “Salvador é, sim, uma cidade racista, basta ver os números registrados aqui no carnaval, que colocam esse crime com 81% das ocorrências. Precisamos mudar isso”.
Fonte; Brasil 247