Os partidos da base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliaram a presença no Senado nas eleições deste domingo (3). Dos 54 senadores eleitos, 43 são de partidos que integram a base, dez integram a oposição e um é de sigla independente. Outros 27 senadores têm mais quatro anos de mandato.
Com os resultados, os aliados a Lula passarão a controlar 49 das 81 cadeiras. A votação renovou dois terços da Casa. O número representa 60% dos senadores e configura a chamada “maioria qualificada”, que permite aprovar assuntos mais complexos, como as emendas à Constituição.
Aliados
O PT, partido de Lula e da candidata a presidenciável Dilma Rousseff, passou de nove para 14 senadores. Já o PMDB, sigla do vice de Dilma, Michel Temer, aumentou sua bancada no Senado de 15 para 19 parlamentares.
PSB, PDT e PR ficaram com quatro senadores cada, enquanto o PCdoB garantiu duas cadeiras. PRB e PSC ficaram com um senador cada.
Oposição
O PSDB, partido de José Serra, perdeu cinco cadeiras, caindo de 16 para 11. Já o número de senadores do DEM, outro partido da oposição, caiu de 14 para oito. O PTB ficou com seis cadeiras, enquanto o PP terminou com três, o PSOL com duas, e PPS e PMN com uma cada.
Cenário positivo para Dilma
Caso seja eleita no segundo turno, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, encontrará um Senado mais favorável do que seus dois antecessores, quando eleitos. Se a vitória no segundo turno for de Serra (PSDB), o ex-governador de São Paulo poderá ter mais dificuldade para costurar uma maioria.
Três senadores ainda podem estar eleitos — Jader Barbalho (PMDB-PA), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ivo Cassol (PR-RO) —, mas suas candidaturas seguem embargadas na Justiça devido à Lei da Ficha Limpa. Se eles forem empossados, o PMDB passará a ter uma bancada de 20 senadores, três a mais do que a atual. O total subirá se a Justiça liberar Jader — que, com 99,2% das urnas apuradas no Pará — tinha 1.776.849 votos e era o segundo colocado, atrás de Flexa Ribeiro.
Os tucanos aguardam a decisão sobre a candidatura de Cássio Cunha Lima – que pode ser o 12º senador do PSDB. O PSDB já amarga a derrota de Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM), ícones na oposição golpista ao governo Lula.
O PT, partido que mais ganhou espaço no Senado, pode perder a vaga de Fátima Cleide (se a Justiça liberar a candidatura de Cassol), mas deverá herdar a de Renato Casagrande (PSB), novo governador do Espírito Santo.
Confira a lista dos senadores eleitos
Acre
Jorge Viana (PT)
Petecao (PMN)
Alagoas
Benedito de Lira (PP)
Renan Calheiros (PMDB)
Amazonas
Eduardo Braga (PMDB)
Vanessa Grazziotin (PCdoB)
Amapá
Randolfe (PSOL)
Gilvam Pinheiro Borges (PMDB)
Bahia
Walter Pinheiro (PT)
Lídice Da Mata (PSB
Ceará
Eunicio Oliveira (PMDB)
Jose Pimentel (PT)
Distrito Federal
Cristovam Buarque (PDT)
Rodrigo Rollemberg (PSB)
Espírito Santo
Ricardo Ferraco (PMDB)
Magno Malta (PR)
Goiás
Demostenes Torres (DEM)
Lúcia Vânia (PSDB)
Maranhão
Lobão (PMDB)
João Alberto (PMDB)
Minas Gerais
Aécio Neves (PSDB)
Itamar Franco (PPS)
Mato Grosso do Sul
Delcídio do Amaral (PT)
Waldemir Moka (PMDB)
Mato Grosso
Blairo Maggi (PR)
Pedro Taques (PDT)
Pará
Flexa Ribeiro (PSDB)
Marinor Brito (PSOL)
Paraíba
Vitalzinho (PMDB)
Wilson Santiago (PMDB)
Pernambuco
Armando Monteiro (PTB)
Humberto Costa (PT)
Piauí
Wilson Martins (PSB)
Silvio Mendes (PSDB)
Paraná
Gleisi Hoffmann (PPS)
Roberto Requião (PMDB)
Rio de Janeiro
Lindbergh Farias (PT)
Marcelo Crivella (PRB)
Rio Grande do Norte
Garibaldi Alves Filho (PMDB)
José Agripino Maia (DEM)
Rondônia
Valdir Raupp (PMDB)
Ivo Cassol (PP)
Roraima
Romero Juca (PMDB)
Angela Portela (PT)
Rio Grande do Sul
Paulo Paim (PT)
Ana Amelia (PP)
Santa Catarina
Luiz Henrique da Silveira (PMDB)
Paulo Bauer (PSDB)
Sergipe
Eduardo Amorim (PSC)
Antonio Carlos Valadares (PSB)
São Paulo
Aloysio Nunes (PSDB)
Marta Suplicy (PT)
Tocantins
João Ribeiro (PR)
Marcelo Miranda (PMDB)
Fonte: Vermelho
